Olá, louco por leitura! Você está se deparando agora com o segundo post da mais nova coluna fixa do blog: essa música daria um livro. No início de junho, lancei o primeiro post dessa coluna, no qual apresentei minha proposta. Mas vou repeti-la aqui, para quem não leu o post inicial.
Essa música daria um livro nasceu a partir de uma vontade muito antiga que eu tinha de escrever sobre música aqui no blog, e quando percebi que era possível associar música e livros, finalmente concretizei esse desejo. A partir daí surgiu a ideia inicial de fazer posts sobre músicas que contam histórias, sobre o que essas músicas significam pra mim, e sobre como eu imagino que essas histórias seriam, caso alguém escrevesse um livro se inspirando em uma dessas músicas.
Eu sei que parece maluquice, mas acredite, funciona!
A música escolhida para hoje é Romance no deserto, de Fagner.
"Com Madalena vou-me embora"
Creio que essa música não deve ser tão popular quanto a do post anterior. Tenho certeza de que não é tão conhecida entre pessoas jovens, pois não é comum que pessoas da minha idade apreciem esse estilo.
Romance no deserto é a quinta canção do álbum homônimo do cantor, compositor, instrumentista e ator brasileiro Raimundo Fagner. O álbum foi lançado em 1987 nos Estados Unidos, e mais de um ano depois no Brasil, e apesar de ter sido mal-visto pela crítica, vendeu mais de um milhão de cópias. A canção Deslizes, presente no álbum (uma das canções que foram criticadas) foi sucesso nas rádios por mais de quinze meses, e chegou a ser eleita a sexta melhor música do ano em 1989, no programa Fantástico, da Rede Globo.
Não se fala muito sobre a canção que dá nome ao disco, mas ela descreve uma grande aventura. E se você não conhece, aproveite para ouvi-la e acompanhar a letra abaixo:
Eu tenho a boca que arde como o sol
O rosto e a cabeça quente
Com Madalena vou-me embora
Agora ninguém vai pegar a gente
Dei minha viola num pedaço de pão
Um esconderijo e uma aguardente
Mas um dia eu arranjo outra viola
E na viagem vou cantar pra Madalena!
Não chore não querida, esse deserto finda
Tudo aconteceu e eu nem me lembro
Me abraça minha vida me leva em teu cavalo
E logo no paraíso chegaremos
Vejo cidades, fantasmas e ruínas
À noite escuto seu lamento
São pesadelos e aves de rapina
No sol vermelho do meu pensamento
Será que eu dei um tiro no cara da cantina
Será que eu mesmo acertei seu peito
Vem, vamos voando, minha Madalena
O que passou passou não tem mais jeito
Naquela sombra vou armar a minha rede
E olhar os solitários viajantes
Beber e cantar e matar a minha sede
Lá longe onde tudo é verdejante!
Não chore não querida, esse deserto finda
Tudo aconteceu e eu nem me lembro
Me abraça minha vida me leva em teu cavalo
E logo no paraíso estaremos
O padre vai rezar uma prece tão antiga
Domingo, na capela da fazenda
Brinco de ouro e botas coloridas
Nós dois aprisionados nessa lenda
Ouço um trovão e penso que é um tiro
A noite escura me condena
Não sei se vivo, morro ou deliro
Depressa, pega a arma, Madalena!
Tem uma luz por trás daquela serra
Mira mas não erra minha pequena
A noite é longa e é tanta terra
Poderemos estar mortos noutra cena!
Tem uma luz por trás daquela serra
Mira mas não erra minha pequena
A noite é longa e é tanta terra
Poderemos estar mortos noutra cena!
Não chore não querida, esse deserto finda
Tudo aconteceu e eu nem me lembro
Me abraça minha vida me leva em teu cavalo
E logo no paraíso dançaremos!
Prestando um pouco de atenção, a música parece contar a história de um casal em fuga. O som de uma gaita e as diversas menções a cavalgadas dão a ideia de um ambiente rural ou interiorano. As referências a armas demonstram que os dois personagens dessa história correm perigo.
Se não me engano, descobri essa música quando decidi revirar o pen-drive do meu pai, então com cerca de 800 músicas gravadas, em busca de novas referências musicais. Naquele pequeno objeto havia uma mistura de MPB, rock nacional, clássicos do rock internacional e músicas dos tempos da Jovem Guarda, e meu pai ouvia aquela seleção imensa de músicas no carro, continuamente. Depois de ouvir tudo no computador ao longo de vários dias, eu havia escolhido mais de 150 músicas variadas para acrescentar à minha própria seleção, e essa estava entre elas.
Me lembro de ter achado essa música muito legal quando a ouvi, durante aquela análise do conteúdo do pen-drive. Eu sabia que provavelmente já tinha ouvido Romance no deserto antes, mas não sabia por que motivo nunca tinha prestado atenção nela. Ouvindo-a repetidas vezes, a canção me parecia descrever uma aventura sem fim, com perseguições a cavalo, troca de tiros e festas, como num filme de faroeste, e Madalena me parecia uma mulher muito corajosa, capaz de manejar uma arma contra os inimigos!
Se essa música desse origem a um livro, penso que a história como um todo descreveria um romance proibido. O cenário poderia ser o sertão brasileiro, e Madalena e o eu-lírico da canção estariam fugindo para poderem se casar em segredo, sem a intervenção da família dela, que por algum motivo não aceitaria o relacionamento.
Mas penso que, assim como a canção, a história deveria começar em um momento de ação, já no meio da fuga, e todas as circunstâncias deveriam ser explicadas depois, nas memórias dos personagens. Haveria muita tensão, pois os dois personagens estariam sendo seguidos de longe, e teriam de fugir e se defender em vários momentos.
Também penso que essa história deveria ser contada sem seguir a ordem cronológica. Os diversos momentos da fuga poderiam ser retratados numa alternância entre passado e presente, assim como a música, que parece não seguir uma linha de tempo bem definida. Mas creio que depois de todos os perigos e aventuras do caminho, a história terminaria com um casamento, que corresponderia aos versos "O padre vai rezar uma prece tão antiga / Domingo, na capela da fazenda", que fariam muito sentido junto com o verso "Nós dois aprisionados nessa lenda".
Pelo ambiente que imaginamos a partir da música, e por tudo que imaginei acima, penso no livro Memorial de Maria Moura, da escritora também cearense Rachel de Queiroz. Apenas de não ser um romance, a história também está repleta de aventuras como as da canção, incluindo cavalgadas e trocas de tiros.
Ah, leitor é assim mesmo... Parece até que vê livro em toda parte!
Estou muito feliz por continuar com essa coluna, e espero que você, leitor ou visitante do blog, também tenha gostado da ideia. Diga-me o que achou. Você conhecia a música de hoje? Tem alguma sugestão de música para os próximos posts?
Por: Lethycia Dias
Estava com saudades dessa coluna! Eu não conheço essa música, mas gosto do Fagner e vou ouvi-la daqui a pouco. Imaginei um livro meio faroeste mesmo, e não pude deixar de lembrar de Sombra Severa, de Raimundo Carrero, que retrata um romance proibido e uma fuga para casar. Vou ficar ansiosa aqui com mais musicas que poderiam ser livros!
ResponderExcluirEu também senti saudade! Adoro Fagner, e fiquei viciada nessa música depois que descobri! Não conheço esse livro que você citou, mas fiz uma pesquisa rápida, e me pareceu muito interessante. Eu já tinha ouvido falar do autor, por causa do livro "A preparação do escritor". Obrigada pela indicação!
ExcluirSe você quiser, pode escrever como convidada um post dessa coluna, lembro que você falou que queria. É só me avisar! :) <3
Conheço a música e amei a coluna! Que tal a música Romance da Bela Inês, de Alceu Valença? Você a conhece? É uma riqueza de enredo e descrições... Parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirOlá, Rita! Seja bem-vinda ao blog, e fico muito feliz que tenha gostado.
ExcluirNão conheço essa música, apesar de conhecer algumas do Alceu Valença, e gostar muito. Mas vou pesquisar sobre ela. Muito obrigada pela dica! :)
Essa música tem tudo há ver com a história de uma cidade chamada Boa viagem no Ceará . De uma jovem judia proibida de casar com um jovem português seus pais proibiram a de casar com ele e ele teve que fugir do Maranhão pro Ceará casando em uma capela e levando uma escrava com eles no cavalo no entanto seus pais colocaram os jagunços pra pega los e trazer vivos ou mortos não sendo encontrados pararm dizem promessas e fundaram a cidade quanto ao cavalo morreu não conseguiu ir mas longe quantos os jagunços não encontraram é uma linda história.
Excluirlegal, procurando uma análise dessa música cheguei, nesse blog, não sei se existe ainda, mas acho interessante ter.
Excluirjá pensaram nessa música se tratando de um lado místico onde o interlocutor se descreve em terceira pessoa, por ter cometido um suicídio?
tenebroso neh?
mas faz sentido.
Admito que não conhecia a música, mas ouvindo aqui agora, pensei que seria um livro onde se passa no sertão mesmo, uma boa história de amor fugitivo hahahaha. Adorei!
ResponderExcluirEu acho a música muito legal, como já disse várias vezes no post, e não canso de repetir! kkkkk
ExcluirObrigada pelo comentário, amor! <3
Belo trabalho,Lethycia.Gosto muito da versão do Fagner e do Zé Ramalho, também. Lembro que já conhecia essa canção mas não tinha maturidade para entender a obra e hoje reencontrei a no Spotify. O que não deixa de ser algo curioso, em um dispositivo tão moderno encontrei uma canção da década de 80. Abraços
ResponderExcluirOlá, Patrick! Que legal saber que a música passou a ter um outro significado pra você depois de um tempo. E curioso ter encontrado no Spotify!
ExcluirEles morem no final, isso é sugerido. No entanto, existe uma ideia de superação. É típico de quem tem a formação do cinema da década de 60 e 70...Final inconclusivo. Além disso, existe uma outra fixação: Madalena. Ela está sempre presente em músicas. É a figura da Maria Madalena. A ideai da música é comum, mas não deixa de ser brilhante.
ResponderExcluirDeixa os caras serem felizes. Morres tu no lugar deles. KKKK Como se em plenos 2-19 os personagens não morressem kkkk
ExcluirNossa me deu tantas ideias em fazer um filme dessa música seria top, eu curti muito a melodia eu escutei e viajei diretório mato fala sobre a fé é o poder de uma oração. Simplesmente animal. Tenho um primo que é publicitário pode fazer rolar um filme ou um livro
ExcluirEstava procurando um site que comentasse a música quando então achei o teu blog. Gostei muito, principalmente porque tivemos a mesma percepção. Penso que no momento em que ele pegue que ela aponte a arma e atire, nunca poderia ser um dos familiares, pois, ela não faria isso. Poderiam ser os capangas do pai da moça. Enfim um muito bom colocar o cérebro pra pensar.
ResponderExcluirComo sugestão: Meu reino encantado do Daniel.
O que mais me impressionou foi também pelo fato de mesmo sendo um jovem, também ouvia essa música desde garoto com minha mãe em seu rádio, mas nunca parei para fazer uma análise da música e pensar que era uma grande história.
ResponderExcluirAmei seu blog!! Achei seu blog por obra majestosa do destino e isso é super legal. Com certeza voltarei outras vezes.
ResponderExcluirSugestão : leia sobre a história de Corisco e Dadá, casal do bando de Lampião. Vai achar muita referência sobre a música.
ResponderExcluirTambém tive a mesma percepção, estive lendo sobre Lampião e Maria Bonita mas a história de Corisco e Dadá me despertaram muito interesse.
ExcluirAo ouvir essa linda música também só pensei nos casais cangaceiros.
Essa estória me parece um pouco estranha!
ResponderExcluirEu gosto muito dessa música...Eu interpreto também, com essa ideia do espaço rural ... paresse um pouco com o filme guerra de Canudos no meio do filme o romance...
ResponderExcluirAmo essa música. Eu imagino como vc, um lugar quente, deserto, como dois cangaceiros. O início da música eu entendo que já são apenas lembranças e o final a morte dele. Essa música é uma versão de Bob Dylan. Romance in Durango. Adorei o blog. Beijos
ResponderExcluirDeixa o cara viver e ser feliz, Zé. Morre tu no lugar dele. kkkkk
ExcluirNem sei se alguém aí da vai ler o meu comentário. Estava ouvindo com mais carinho essa música, fiz esta mesma leitura e resolvi procurar alguma coisa a respeito na rede, daí, me deparei com o seu texto e me identifiquei muito. Porém, na minha leitura, me parece que o eu lírico é um assassino em fuga, acompanhado pela noiva. "...Será que eu dei um tiro no cara da da cantina... Tudo aconteceu e eu nem me lembro... O que passou, passou, nan tem mais jeito" . Enfim, so queria deixar a minha impressão do texto e agradecer por você nos encaminhar a essas viagens poéticas! Abraços!
ResponderExcluirTambém acho q ele foi uma assassino mas,como sugere a letra,ele fala:Será?Será q eu dei um tiro no cara da cantina?Deve ter rolado uma confusão no local d bebedeira talvez e quando ele empunhou a arma acertou o cara errado por engano."Tudo aconteceu eu nem me lembro"Então ele fugiu com seu grande amor a Madalena.Depois d várias fugas ele deve ter sido atingido:("Ouço um trovão e penso q é um tiro.Não sei se vivo,se morro ou delíro.DEPRESSA PEGAR A ARMA MADALENA")Essa passagem da ideia d q ele não tava podendo fazer muita coisa pra protegê-lo a e mandou sua amada pegar a arma.Em seguida ele manda ela atirar: ("Tem uma luz por trás daquela serra
ExcluirMira mas não erra minha pequena.")Em seguida ele enfatiza q caso ela erre,eles podem estar perdidos:("
A noite é longa e é tanta terra
Poderemos estar mortos noutra cena!")E o tempo todo consolando sua amada q está triste o tempo todo com aquela loucura,como sugere o refrão("Não chore não querida, esse deserto finda
Tudo aconteceu e eu nem me lembro
Me abraça minha vida me leva em teu cavalo
E logo no paraíso dançaremos!")
Show, melhor versão da música
ExcluirConcordo com a sua interpretação. Acho também que o “Cara da Cantina” pode ter sido um marido traído, o marido de Madalena que descobriu a traição e queria acabar com a vida do casal de amantes, quando o personagem se viu obrigado a atirar para se defender e defender Madalena.
ExcluirDeixa os caras serem felizes. Morres tu no lugar deles. KKKK Como se em plenos 2-19 os personagens não morressem kkkk
ResponderExcluirkkkkk
ResponderExcluirCheguei no blog procurando sobre patente da música. Ela foi feita pelo BobDylan e adaptada por Fagner. Mas a história e melodia são iguais. Bom trabalho do Fagner mas não é original.
ResponderExcluirOutra música do Dylan que dá livro, filme e o que quiser (aliás já deu) é Hurricane. Quase 9 minutos de música...
A musica me leva a um amor proibido em fuga durante o dia entrando noite a dentro ate o raia do dia seguinte chegando na capela da fazenda desconhecida
ResponderExcluirPerfeito,continue assim.Essa música eh maravilhosa!!!Vamo escrever um livro referente a essa música.
ResponderExcluirMas essa melodia e do Fagner ou do Bob Dilan (Romance in Durango)??
ResponderExcluirA letra passa a impressão de se tratar de duas pessoas em fuga. Na verdade, o fugitivo está só.
ResponderExcluirA Madalena na qual ele se refere, é apenas a sua arma - pôs um nome na arma, apenas para espantar a solidão.
Vejamos:
"Mira mas não erra minha pequena" Porque ele deixaria que sua companheira atirasse?
É ele quem atira - e poeticamente pede à arma para que não erre - torce para ele mesmo não erre o tiro.
"Depressa pega a arma, Madalena" - Novamente porque ele pediria à companheira para que ela pegasse sua arma? - Não faz sentido.
Sozinho, em fuga e desesperado, ele meio que fala consigo mesmo: Depressa, tenho que pegar minha arma.
A canção retrata a loucura e desespero de um assassino que foge sozinho pelo deserto.
Legal estava procurando alguém analisasse essa saga , parabéns , escuta a música de Alceu Valença(pétalas) ela tem uma poesia linda , fica a dica
ResponderExcluirPqp o wagner deveria falar sobre essa música ela é du Ca
ResponderExcluirGostei da sua posição em relação a música. Comigo aconteceu parecido com você, se tratando da idéia de a música virar livro, no meu caso tornar filme. No filme eles casam, mas ela morre, pois errou seu alvo,oque faz a história se tornar mais comovente.
ResponderExcluirParece lampião e Maria Bonita
ResponderExcluirA turma está aqui por conta que Gusttavo Lima cantou com Fagner (igual eu) rsrs saber a historia da musica, que por sinal é muito bonita, e concordo com o comentário de um amigo acima, acho que o Eu-lírico matou o 'cara da cantina' e por estar sendo perseguido, ás pressas casou com madalena, antes da sua possível morte...
ResponderExcluirGostaria que fizessem um grupo no WhatsApp para discutir sobre, e nós fazermos um site (ou uma coluna com a autora do texto acima) para quem tiver o interesse de saber a historia da música.
Música perfeita, não me canso de ouvir. E, assim como você imagino uma fuga no sertão pelo casal apaixonado que tem seu amor proibido pelo pai da moça.
ResponderExcluirSem dinheiro e com fome ele troca sua viola por alimento e abrigo. Porém se envolve em uma confusão e atinge alguém por engano e novamente iniciam a fuga pelo sertão até serem encontrados e atingidos.
Muito rica, intrigante e emocionante.
Uma dica é Chão de Gis, de Zé Ramalho.
Na minha interpretação eles morrem no final, quando se fala em aves de rapina(aves carnivoras ou Urubus) já dá para pressupor que não se trata de viver ou delirar e sim de morte e creio que isso concretiza qdo a música fala dos dois aprisionados nesta lenda e a prece antiga que o padre irá rezar na capela da fazenda pode ser a tão conhecida e celebrada missa do sétimo dia. Amo essa música. Ouço desce criança e na voz do Fagner ficou sensacional. Eu e meu marido já passamos muito tempo tentando interpreta- lá e chegamos nesta conclusão.
ResponderExcluirEu cismei com essa musica tem gostinho de infância, a melodia encheu comigo e a história também. Eu tenho a impressão que o Eu lírico era bem pobre por que teve que trocar a viola por um pedaço de pão e uma água ardente. Eu reparei também que no começo da musica ele estava com muita sede por que ele falava que a boca dele ardia como o sol e o corpo dele estava quente devido ao calor escaldante do sertão e a cabeça quente era a preocupação que ele tinha por ter se envolvido em assassinatos. Madalena parece ser uma jovem morena de cabelos cacheados e negros de 1.60 das pernas grossas e seios fartos e barriga magra usando uma saia rodadinha cor marrom e uma blusinha rosa. Ela deve ter uma condição financeira melhor que ele é fugiu com o Eu lírico por ter por ele uma grande paixão porém ela está relutante pois tem sonhos ,e objetivos.
ResponderExcluirOs pais dela com os familiares estão atrás dela para poder levar ela Para a casa.
A Polícia e os jagunços estão atrás dele para matalo.
Eu creio que tem um outro grupo os familiares do homem assassinado na cantina que também está atrás do casal porém para matar os dois em forma de vingança.
Parece que o Eu lírico tinha dinheiro e muito dinheiro em outro lugar porém não tinha acesso a tal quantia no momento por estar no deserto ou sertão para poder se cuidarem isso por causa do trecho e logo no paraíso dancaremos não posso falar o turbilhão de pensamentos que me invade.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAcabei de ver o clipe da música me deixou mais confuso queria saber o nome da atriz do clipe
ResponderExcluirEu penso que eles morreram no final pq fala que eles vão chegar ao paraíso e ele fala que tá fazendo uma viagem e bem complexo
ResponderExcluirAmei o comentário de vcs, desde criança ouço essa música e atualmente ouço com meu marido e me intriga muito a letra, apesar de gostar muito dela e do cantor, mas é surpreendente quanta coisa vem à mente ouvindo essa música e esses comentários me trouxe mais indagações e até confirmações em algumas partes dela.
ResponderExcluirValmir da Silva
ResponderExcluirolá! boa noite! Eu estava pesquisando a história dessa canção e encontrei sua página. Exatamente o que eu penso! Romance no Deserto merecia ser contada em uma história escrita (conto, livro) ou até mesmo retratada em filme, ainda que fosse curta-metragem. Eu estou escrevendo aos poucos um conto com base na letra. Mas ao contrário de você (senhora, senhorita) penso que poderia ser uma história mais para o sobrenatural, o misterioso. Mas também gostei muito da sua interpretação. Enfim, cada um escreve a seu modo. Sucesso!
Oii, bom dia, eu toda vez que ouço uma música fico super curiosa pra conhecer a historia por trás dela. Adorei a sua intepretação, mas acho que ele fugiu por matar alguém, na parte em que ele pergunta se acertou mesmo o moço da cantina: "Será que eu dei um tiro no cara da cantina
ResponderExcluirSerá que eu mesmo acertei seu peito
Vem, vamos voando, minha Madalena
O que passou passou não tem mais jeito", quem era esse moço?, pq ele teve que atirar, por ciúmes talvez? acredito nisso pelo primeiro paragrafo que ele fala sobre ter a cabeça quente: "Eu tenho a boca que arde como o sol
O rosto e a cabeça quente". Essa música daria realmente um livro, parabéns pelo excelente trabalho, sucesso.
Confesso que não conhecia a coluna. Mais já faz um tempo que ouvi essa música no rádio com meus pais no sítio e não consegui mais tirar da cabeça. A pouco tempo comecei ouvir e prestar atenção na letra. Pesquisando sobre descobri esse artigo e foi a mesma percepção que tive.
ResponderExcluirGente passar por um Deserto é passar por algo difícil (momento na vida), ou seja, talvez na música não signifique que o personagem esteja em um deserto de areia ou lugar que seja quente a ponto de ser comprado.
ResponderExcluirEm pleno 2023 eu resolvo aleatoriamente pesquisar sobre essa música que gosto tanto, e acabo aqui nesse blog.
ResponderExcluirQue texto bão de ler! A mente viaja imaginando as aventuras do casal.
Ainda vi que o texto foi publicado no dia do meu aniversário hahaha
Parabéns pelo texto Lethycia.
Ah, e lembrando que essa música é uma versão em português da música Romance in Durango de Bob Dylan
ResponderExcluirO clipe dessa música é lindo. Lembro dos domingos que nós ficávamos aguardando o lançamento do clipe.
ResponderExcluirNo clipe ela morre é ele matavquem atirou nela. Tudo como cena de filme. Vale a pena ver.