Confira!


Olá para quem é louco por leituras (e também por releituras)! O post de hoje faz parte da Sessão 10, e nele vou falar de alguns livros muito especiais presentes na minha estante, que são livros que estão esperando para serem relidos.
Continue lendo para entender melhor!

Quem acompanha o blog já sabe que eu dou muita importância para a releitura, que não me importo de ler um livro cuja história eu já conheço, e que tenho vontade de reler muitos livros que conheci há alguns anos.

Futuras releituras


Muitos dos livros que estão aqui nessa lista são livros que eu li durante o meu Ensino Médio, época em que 90% dos livros que eu lia eram da biblioteca da escola em que eu estudava. Com o passar do tempo, comecei a correr atrás desses livros, a fim de garantir que poderia relê-los.


A Sombra do Vento deve ser o primeiro dos livros que eu passei anos desejando reler. Li este livro aos 13 anos, quando ainda estava no Ensino Fundamental. Nele, o protagonista da história, Daniel, se depara com um livro incrível, escrito por Julián Carax que é um escritor espanhol absolutamente desconhecido, porém genial. Impressionado com o que havia lido, o garoto passa procurar obsessivamente por informações sobre o escritor, principalmente quando descobre que alguém está queimando todos os exemplares de livros já publicados por Carax.
Esse livro me fascinou na época em que eu o li, não só por falar do encanto que os livros nos despertam, mas também por apresentar um mistério que me fez devorar o livro: quem seria aquele escritor? O que influenciava sua escrita? Por que alguém queria destruir suas obras? Outra coisa que me impressionou muito foi a história dentro da história - a revelação sobre o passado de Julián Carax.
Consegui comprar A Sombra do Vento no ano passado, pela Estante Virtual. Eu vou finalmente reler este livro em setembro, pois ele faz parte da lisa do Projeto Viajante literária, do blog Leituras e Gatices.



Esse livro foi uma espécie de revelação para que eu quebrasse meus preconceitos com a literatura brasileira, e foi o que me possibilitou conhecer a obra de Erico Verissimo, um dos meus escritores preferidos.
Em Olhai os Lírios do Campo, nos deparamos com os dilemas morais de Eugênio Fontes, médico de origem pobre, que deixou seu amor da juventude, Olívia, para se casar com uma mulher rica, Eunice Cintra.
A narrativa, seja por meio da figura de Eugênio, seja por meio de outros personagens, está repleta de críticas sociais, além de também falar muito de música e política.
Não sei dizer bem de que forma o livro me tocou, mas eu sempre tive vontade de comprá-lo para poder reler, e - agora eu entendo melhor - colecionar a obra de Verissimo.
Comprei uma edição antiga do livro em um sebo de Goiânia, e aguardo por uma oportunidade para a releitura.



Conheci Gabriela, Cravo e Canela por causa da telenovela exibida pela Rede Globo em 2012. Eu acompanhei a novela, e ao encontrar o livro na biblioteca do colégio, fiquei curiosa para ler. O livro nos leva à cidade de Ilheus da década de 1920, e à sua grande quantidade de personagens, que vão desde Gabriela, a retirante que trabalha e se relaciona com Nacib, até as beatas da cidade e os fazendeiros produtores de cacau, que eram chamados de coronéis sem nunca terem exercido a carreira militar.
Foi o primeiro livro de Jorge Amado que eu li, e que me abriu a mente não só para conhecer outras obras do autor, mas também para conhecer a literatura regionalista brasileira. Além de eu ter conhecido a história que inspirou as duas telenovelas, eu também conheci as críticas sociais feitas pelo autor, que são grandes características de sua obra.
Comprei uma edição antiga do livro em um sebo de Goiânia, e aguardo por uma oportunidade para a releitura.



Terras do Sem Fim foi o próximo livro de Jorge Amado que eu li.
O livro descreve, por meio de vários núcleos de personagens, os conflitos (quase sempre violentos) entre fazendeiros ditos coronéis em busca de terras para a produção de cacau. O principal conflito gira em torno da terra do Sequeiro Grande, que seria a mais fértil e produtiva para o cacau; esta terra pertenceria a um pequeno produtor, que se recusou a vender o terreno para o coronel Sinhô Badaró, que possui influência política na religião.
A leitura deste livro me fez enxergar de outra forma os conflitos agrários no Brasil. Uma das críticas feitas pelo autor é de que grandes proprietários de terra tinham o costume de tomar (quase sempre à força) terras de produtores com menor poder aquisitivo. Outra coisa que me marcou bastante na história foi a presença da personagem Ana Badaró, que a meu ver é uma representação de personagem feminina forte.
Comprei uma edição antiga do livro em um sebo de Goiânia, e aguardo por uma oportunidade para a releitura.



Em algum momento durante minhas perambulações pela biblioteca do colégio, descobri os livros de Fernando Sabino. Não me lembro bem qual deles eu li primeiro, mas posso dizer que a escrita dele me conquistou, por ser extremamente divertida, cômica e leve.
O grande metecapto narra as aventuras de Geraldo Viramundo, que percorrer todo o estado de Minas Gerais após uma aposta de que conseguiria fazer o trem parar em seu município, Rio Acima.
O livro me proporcionou muitas gargalhadas, e depois de saber que Geraldo Viramundo e considerado uma espécie de Dom Quixote Brasileiro, e que o livro inclui várias referências à obra de Cervantes, eu passei desejar reler O grande mentecapto depois de ler Dom Quixote.
Comprei uma edição antiga do livro pela Estante Virtual.



Não me lembro do ano exato em que li As Esganadas. O livro pertence ao meu pai, e foi o primeiro livro de Jô Soares que eu li. Eu não sabia que o apresentar de TV era também escritor, e foi uma ótima descoberta para mim.
As Esganadas acontece no Rio de Janeiro do fim da década de 1930 e trata da investigação de uma série de assassinatos contra mulheres gordas, cometidos por um serial killer cuja identidade e motivos nós (os leitores, mas não os investigadores) conhecemos desde o início.
O livro é extremamente cômico, e eu me lembro que o que mais me marcou nessa história foi o fato de eu ter me deparado com um romance policial em que desde o início eu já sabia quem era o assassino e por que matava. O mais atraente da narrativa era acompanhar as peripécias do assassino em busca de suas próximas vítimas e o desenvolvimento da investigação, feita, diga-se de passagem, por um trio bastante peculiar.
No ano passado, eu adquiri um exemplar do livro pela Estante Virtual, e ele está na minha TBR aguardando para ser lido algum dia.



Este foi o segundo livro de Jô Soares que li, depois da ótima experiência com as Esganadas, e assim como outros livros dessa lista, veio da biblioteca da escola.
É uma história que mistura realidade e ficção por meio do personagem Dimitri Borja Korozec, um assassino profissional extremamente desastrado, que quase foi o responsável pela Primeira Guerra Mundial, e que cruza com várias figuras históricas ao longo de sua trajetória - inclusive com o então presidente brasileiro, Getúlio Vargas (1930-1945/1951-1954), com quem ele teria um parentesco distante.
O que me fascinou no livro foi justamente a mescla entre a realidade e a ficção, além da pitoresca trajetória de Dimitri Korozec desde o leste europeu até o Rio de Janeiro.
Comprei o livro em um sebo em Goiânia, e ele também está na minha TBR.



Esse foi um dos vários livros de contos de Lygia Fagundes Telles que eu li também durante o Ensino Médio, depois de ter lido Ciranda de Pedra, que foi o livro por meio do qual eu descobri essa maravilhosa escritora brasileira.
Quase todos os contos desse livro têm temática sombria, assustadora ou obscura. As histórias giram em torno de dramas íntimos dos personagens: um segredo do passado, o medo, a loucura, o sexo, a falta de amor-próprio.
Nesse livro eu li um dos contos que mais me impressionaram em toda a minha vida de leitora; uma narrativa que me fascinou e que contribuiu para que eu me apaixonasse pelo conto e passasse a escrever contos. Em O Espartilho, a protagonista conta como, aos poucos, descobre que sua família não era formada por pessoas perfeitas, como ela acreditava, e que na verdade a história de seus familiares, especialmente de seus pais, é bastante obscura, tendo ligação direta com os preconceitos de sua avó. Conforme cresce, a protagonista passa a compreender melhor o que aconteceu com cada um de seus familiares, até descobrir que sua avó era nazista.


Depois de ler vários livros de Erico Verissimo, acabei indicando Incidente em Antares como indicação de presente no amigo oculto da minha família, e foi esse o presente que eu ganhei da pessoa que me tirou.
Incidente em Antares conta a história da formação da cidade fictícia de Antares, no Rio Grande do Sul, até chegar à época de 1963, quando acontece um terrível incidente: todos os operários da cidade realizam uma greve, inclusive os coveiros do cemitério, que se recusam a enterrar os corpos de sete pessoas que haviam falecido. Os sete cadáveres, revoltados com a falta de um sepultamento adequado, se levantam e desce à cidade, a fim de perturbar suas famílias e os moradores da cidade, revelando os maiores segredos de todos.
Eu já reli Incidente em Antares uma vez, mas tenho vontade de ler de novo para compreender melhor as referências históricas, sociológicas e filosóficas presentes. O livro também está na minha TBR, e quando for sorteado, vai ser relido.


10- Antologia de Antologias - Gonçalves, Aquino e Silva

Antologia de Antologias é uma obra que reúne poemas da literatura brasileira escritos desde os tempos do Brasil Colônia até meados do século XX.
Li esse livro quando estava no Ensino Fundamental, por recomendação de uma professora para que eu lesse poesia, a fim de melhorar minha escrita. Então o livro colaborou muito para minha formação como leitora e também como poetisa amadora, pois me forneceu um panorama geral da poesia brasileira.
Por meio dele eu conheci vários poetas e algumas poetisas, e passei a compreender a poesia de uma forma que com certeza seria outra sem ele. Eu já reli o livro uma vez, durante o Ensino Médio, mas pretendo reler e novo, com uma visão mais madura.
Comprei o livro pela Estante Virtual, e ele também está na minha TBR.


Esses foram 10 livros que pretendo reler algum dia, e que fazem parte da minha estante. Eu tenho vontade de reler muitos outros, que não possuo (ainda). Reler livros que fizeram parte da minha formação como leitora é um projeto antigo e muito querido, e eu pretendo levá-lo adiante durante toda a vida. Não sei se vou continuar gostando tanto de todos eles, mas sei que a experiência vai ser muito rica.
E você, o que achou dessa lista? Também pretende reler seus livros? Já leu, releu ou pelo menos ouviu falar de algum desses títulos? Ficou interessado(a) em algum deles? Comente abaixo! Sua opinião é muito importante para mim!

Por: Lethycia Dias

4 Comentários

  1. Quantos livros legais!! A maioria eu não li e tenho curiosidade, quem sabe aproveite sua vibe para ler também. Você sabe me dizer se A Sombra do Vento é muito complicado? Quero tentar ler em espanhol mas meu domínio da língua é bem pequeno... Adorei suas dicas! Como sempre, mais uma meta de leitura estabelecida ao entrar no LPL!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olha, pela minha experiência de ter lido Cem anos de solidão e Crônica de uma morte anunciada em Espanhol, eu recomendaria você pegar em Português mesmo. Nunca peguei A Sombra do Vento em Espanhol pra ter uma ideia de como era o texto pra poder comparar, mas que eu me lembre o texto traduzido não é rebuscado. Permaneceram em espanhol os nomes de ruas, cidades, bairros e pessoas. Eu não diria que é complicado de entender, mas complexo, porque é uma história dentro de outra história. Não só a história do protagonista investigando a vida do escritor, mas também a própria história do escritor. Eu não recomendaria.
      Ahh, fico muito feliz de saber que te inspiro desse jeito quando você visita o LPL! Você é uma das pessoas mais queridas que comentam por aqui! <3

      Excluir
  2. Olá
    Eu amo fazer releituras e todo ano busco fazer ao menos uma. Esse ano já foram duas. Eu li Olhai os lírios do campo tem bastante tempo e amei a história, mas emprestei meu livro e nunca mais o vi.

    Vidas em Preto e Branco

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nossa, que coisa chata! Também passei por isso com um livro que eu amo, que foi Os 13 Porquês, e até hoje não consegui comprar um novo pra mim :/
      Eu não estabeleço metas, a maioria dos livros que leio são sorteados, então é sempre uma surpresa!

      Excluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Entre em contato conosco!

Nome

E-mail *

Mensagem *

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...