Confira!

O conto surgiu com o tão antigo costume humano de contar histórias, e passou a ser empregado na escrita. É uma modalidade narrativa que atrai muitas pessoas, por ser mais curto que a novela ou o romance, e por proporcionar uma leitura rápida, sem que seja necessário muito esforço para que seja compreendido. Por isso, o conto é veiculado não apenas em livros, mas também em revistas, jornais, e também na internet. A facilidade e rapidez da leitura virtual criou até mesmo um subgênero dentro do conto: o miniconto, cujo formato é ainda mais reduzido.
O conto pode narrar acontecimentos possíveis de acontecer, porém incomuns; pode também relatar coisas fantasiosas, próprias do universo da imaginação. Pode ser narrado em primeira ou terceira pessoa, e necessita de personagens, tempo, lugar, e um conflito. Diferentemente da novela e do romance, só possui um clímax, que será o momento de tensão.
Existem algumas características que o identificam:

  • Narrativa linear e curta, em extensão e no tempo que se passa;
  • Envolvimento de poucas personagens;
  • Todos os acontecimentos se encaminham em direção ao desfecho;
  • Linguagem simples e direta, sem utilização de expressões que podem ter mais de um sentido;
  • As ações acontecem em um só espaço, de acordo com um só conflito;
O conto é um dos gêneros narrativos mais populares. Muitos escritores brasileiros destacam-se na escrita do conto, entre eles: Machado de Assis, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles. Hoje, novos escritores continuam renovando o estilo.

Por: Lethycia Dias

Eu anunciei em um post anterior que iniciaria uma sessão de dicas de português e escrita. Por gostar muito de escrever, comecei a ficar atenta a algumas peculiaridades da Língua Portuguesa, e a observar muitas coisas que geram curiosidades. Por isso, o post de hoje será sobre os verbos defectivos, que causam muita confusão tanto na escrita quando na fala.
Você com certeza já deve ter ficado se perguntando como se conjuga tal verbo em determinado modo e tempo, geralmente na primeira pessoa, certo? Deve ter ficado pensando, tentando se lembrar, mas provavelmente chegou à conclusão de que nunca ouviu falar ou nunca leu tal verbo conjugado dessa forma... Acertei? Se a resposta é sim, então você estava tentando conjugar um dos confusos verbos defectivos! Eles se encaixam nas três categorias de verbos irregulares, que são aqueles que possuem suas conjugações sem obedecer ao seu infinitivo. Vamos relembrar como é isso?


(clique na imagem para ampliar)


Os verbos irregulares dividem-se em anômalos, abundantes e defectivos.
Defectivos são aqueles que, por algum motivo, não são flexionados em todas as pessoas, tempos ou modos. Alguns bons exemplos são:

Verbo abolir (presente do indicativo)
EU -
TU - aboles
ELE - abole
NÓS - abolimos
VÓS - abolis
ELES - abolem


Verbo reaver (presente do indicativo)
EU -
TU -
ELE - 
NÓS - reavemos
VÓS - reaveis
ELES -



Veja alguns outros exemplos: brandir, bramir, colorir, demolir, esculpir, feder, retorquir.

Todos estes são verbos que sempre gerarão dúvidas quanto à sua utilização. Por isso, é sempre bom pesquisar um pouco antes de utilizá-los.

Por: Lethycia Dias



Se você não sabe o que é um sebo, está na hora de descobrir! São uma espécie de loja que, pessoalmente, gosto muito de frequentar, e que recomendo para quem está procurando por lugares para comprar livros mais baratos. Diferentemente das livrarias de shoppings ou mesmo das lojas virtuais, os sebos são lugares que vendem livros usados. É claro que também possuem produtos novos como os das demais lojas, mas são especializados em volumes de segunda mão. Como sei que nem todo mundo tem uma condição financeira para estar sempre comprando livros novos, sei que essa dica pode ser muito valiosa para alguns!
Além de venderem livros antigos, os sebos realizam compras e trocas. Isto é, quem possui livros que não quer mais (caso não queira doá-los numa biblioteca) pode procurar o sebo mais próximo e tentar vendê-los, ou ainda trocar por outros, que também podem ser usados, ou mesmo novos - tudo isso vai depender do estado do livro e de seu valor, que será avaliado pelo vendedor.
Sebos são geralmente lojas pequenas e discretas, que não vendem só livros literários, mas também didáticos (isso é ótimo para quem estuda em escola particular) apostilas de concursos e até filmes e discos.  Procurando bem, é possível encontrar por volumes raros, que dificilmente seriam encontrados numa livraria comum. E prestando mais atenção, encontra-se também obras acadêmicas e filosóficas, próprias para o estudo. Para quem, assim como eu, admira os livros antigos, é como estar num paraíso! As estantes quase sempre estão cheias de volumes grossos em capa dura, com páginas amareladas que exigirão bastante carinho e cuidado!
Outra vantagem é que sebos frequentemente possuem um grande estoque de clássicos da literatura brasileira, portuguesa ou mundial. Caso você esteja precisando ler algum clássico para um trabalho da escola, para uma prova de vestibular ou mesmo para a faculdade, poderá encontrá-los em lojas desse tipo. Como algumas publicações vão se acumulando, sem que sejam vendidas, quando as prateleiras ficam muito cheias, a loja geralmente faz uma grande promoção: reúne dezenas de livros numa mesa ou balcão, colocando-os à venda a preços muito baixos (já cheguei a encontrar livros a partir de R$ 1,00). Ou seja: caso você não seja exigente, vale muito a pena investir!
Recapitulando, essas são as principais vantagens de se comprar em um sebo:
  • Os preços são menores;
  • Compram ou trocam os livros levados por clientes;
  • É possível encontrar clássicos;
  • É possível encontrar edições especiais em capa dura;
  • Vendem também livros didáticos, apostilas, filmes e CDs ou discos;
  • Fazem promoções enlouquecedoras.
Então, se você se identificou com algum desses fatores, não perca tempo e vá logo conferir o sebo mais próximo!

Por: Lethycia Dias



Para mais um post da Sessão 10, separei dessa vez 10 poemas do estilo romântico. Para que não restem dúvidas a respeito deste movimento literário, vou esclarecer primeiro as principais características do Romantismo.
Trata-se de um movimento típico da burguesia do Século XIX, durando quase cinquenta anos no Brasil (1836 a 1880), e foi resultado de transformações da sociedade que ocorreram no século anterior, como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa, que trouxeram novos ideais aos jovens. No Brasil, algumas mudanças também ocorriam: a chegada da Família Real Portuguesa (1808) e a Independência do Brasil (1822). Esta última trouxe um grande sentimento de nacionalismo, levando os artistas da época a buscarem por um estilo que pudesse afirmar a identidade brasileira, valorizando as raízes históricas do país, bem como suas tradições e costumes. Com isto, temos a valorização da figura do índio como herói nacional, como em O Guarani, de José de Alencar.
São estas algumas das características gerais do Romantismo:

  • A ligação com a natureza;
  • A religiosidade;
  • A idealização do amor;
  • Melancolia e pessimismo;
  • Escapismo como fuga da realidade;
  • Liberdade de criação;
  • Amor pela pátria.
Os românticos expressavam em suas obras, principalmente na poesia, a subjetividade, o individualismo e os conflitos emocionais. É comum observar, em alguns casos, o tédio e o desinteresse com a sociedade, o sofrimento por não se julgar bom o bastante para merecer a mulher amada, vista como "inalcançável".

Tendo esclarecido estes pontos, posso partir agora para minha seleção de 10 poemas do Romantismo. Explicarei algumas das razões que me levaram a escolhê-los, e em seguida farei a citação de um trecho de cada um deles.

1- Canção do Exílio - Gonçalves Dias
Todos conhecem os famosos versos "Minha terra tem palmeiras/ onde canta o sabiá", e é justamente pelo fato de valorizarem as belezas naturais brasileiras que a Canção do Exílio se tornou tão popular, dando origem a muitos outros poemas homônimos. Gonçalves Dias  viveu por muito tempo na Europa, e foi lá onde publicou o famoso poema. Eu o admiro por sentir falta, na literatura moderna, desse amor pelo Brasil.

"Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá"

2- Olhos Verdes - Gonçalves Dias
É impossível não se comover com a paixão do eu-lírico pela moça dos olhos verdes, cujo nome não é revelado. O poema, inclusive, serviu como base para a criação de uma releitura da vida do poeta, no romance Dias e Dias, de Ana Miranda, que já foi indicado neste blog num post anterior.

"Dizei vós, ó amigos,
Se vos perguntam por mi,
Que eu vivo só da lembrança
De uns olhos cor de esperança,
De uns olhos verdes que vi!
Que ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!"

3- Temor - Junqueira Freie
Uma atmosfera triste e sombria é trazida ao leitor neste poema, em que o eu-lírico não pode proteger sua amada de um mal que se aproxima. É bem característico do chamado "Mal do Século".

"Deitemo-nos aqui. Abre-me os braços.
Escondamo-nos um no seio do outro.
Não há de assim nos avistar a morte,
Ou morreremos juntos."

4- Adormecida - Castro Alves
Aqui, o eu-lírico observa sua amada durante o sono, em contemplação. A interação com a natureza é representada pelo perfume e pelo galho do jasmineiro que entram pela janela.

"Era um quadro celeste!... A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... A flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... A flor fugia..."

5- Um Cadáver de Poeta - Álvares de Azevedo
A atmosfera sombria é trazida à tona na segunda parte de sua obra Lira dos Vinte Anos, publicada postumamente com os poemas escritos pelo jovem que morreu deixando inúmeras páginas com versos. Aqui estão a angústia, o desalento, a agonia dos poetas da Segunda Geração do Romantismo.

"De tanta inspiração e tanta vida
Que os nervos convulsivos inflamava
E ardia sem conforto...
O que resta? Uma sombra esvaecida,
Um triste que sem mãe agonizava...
Resta um poeta morto!"

6- Amor e Medo - Casimiro de Abreu
De volta aos conflitos amorosos, à mulher inatingível, idealizada como um anjo de pureza, temos tudo isso em Amor e Medo, que é uma verdadeira confissão dos mais íntimos desejos do eu-lírico, que ama, porém em excesso, que teme aproximar-se dessa mulher e findar sua inocência, que se culpa por desejá-la, e prefere, por isso, manter-se afastado.

"Oh! Não me chame coração de gelo!
Bem vês: traí-me no fatal segredo.
Se de ti fujo é que te adoro e muito,
És bela - eu moço; tens amor, eu - medo!..."

7- Morte - Junqueira Feire
O desejo de morte - visto para os românticos como única solução para os males e sofrimentos trazidos como consequência de se estar vivo é aqui expressado com tranquilidade, visto que a extinção da vida é encarada como algo natural, e talvez até mesmo bom.

"Por isso, ó morte, eu amo-te, e não temo:
Por isso, ó morte, eu quero-te comigo.
Leva-e à região de paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo."

8- Soneto (Já da morte o calor me cobre o rosto) - Álvares de Azevedo
Outra vez a morte encarada como algo natural, como o fim das dores e angústias. Aqui, porém, ainda resta um pouco da esperança de merecer, pelo menos no momento da morte, a atenção da mulher que se ama!

"Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu que já não vive!"

9- Durante Um Temporal - Castro Alves
Neste poema, estão presentes a sensualidade e o desejo, trazidos à tona pela forte chuva relatada nos versos.

"Do relâmpago a luz rasga até o fundo
Os abismos intérminos do ar...
Eu sonho o firmamento de tua alma,
À luz de teu olhar..."

10- Soneto (Pálida à luz da lâmpada sombria) - Álvares de Azevedo
Mais uma vez o eu-lírico observa sua amada dormindo, revelando seus sonhos, seus desejos, somente pelo fato de que ela não pode ouvi-lo. Declarando-se por impulso, ele afirma que seria até mesmo capaz de morrer por ela!

"Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!"

Os poemas transcritos acima para esta seleção foram retirados dos livros "Poesia Brasileira - Romantismo" e "Lira dos Vinte Anos". São alguns dos poemas românticos de que mais gosto, e minha intenção era compartilhá-los com os leitores.

Por: Lethycia Dias



Sendo um dos mais populares textos do tipo narrativo, a crônica é frequentemente veiculada em jornais ou revistas, por escritores que tem à sua disposição um determinado dia da semana a seu dispor. Trata-se de um texto geralmente curto, que aborda temas do cotidiano como uma conversa informal, às vezes de maneira divertida, criando intimidade entre quem escreve e quem lê.
Uma crônica não necessita sempre de personagens, enredo, conflito, ou mesmo de um local para que se desenrole. Pode ser, às vezes, uma simples reflexão do autor, escrita de forma poética, transformando algo simples em especial, tornando bonito aquilo que vemos todos os dias. Ou não. A crônica pode, ainda, ser crítica ou ter um tom trágico.
Estas são algumas das características da crônica:
  • Narração curta;
  • Descrição de fatos do cotidiano;
  • Presença de personagens comuns;
  • Forma oral na escrita e coloquial nas falas dos personagens (quando há);
  • Linguagem simples.
Isso contribui para que as crônicas sejam muito populares entre leitores de jornais e revistas, ou outros veículos de comunicação. São, por vezes, reunidas e publicadas em forma de coletânea.

Por: Lethycia Dias


Na convivência com meus amigos pessoais e na participação de alguns grupos de leitores no Facebook, acabei percebendo que existem diferentes tipos de leitores, seja pelas suas preferências de leitura, seja pela forma que preferem comprar, seja como tratam seus livros. Decidi separá-los em algumas categorias, apenas para diversão.

Acumulador: Esse é um tipo bem fácil de identificar. Ele não para de aumentar sua coleção de livros. Está sempre comprando novos, ganhando de amigos ou parentes, fazendo trocas, participando de concursos e sorteios... Tudo para acabar com qualquer espaço vazio que reste em sua estante! Ou em sua casa...



Perseguidor: São aqueles leitores que, por gostar muito de determinado escritor, querem ler "até a lista de compras" dele. Começam com um, depois decidem experimentar outro, e quando percebem, estão lendo somente aquele autor. Também se esforçam para estar perto do escritor nas redes sociais, curtindo a página oficial, seguindo pelo twitter ou instagram...



Ambientalista: Muito preocupado com o meio-ambiente, esse leitor não suporta a ideia de agredir o planeta. Por isso, compra livros físicos somente se forem impressos em papel reciclado, caso contrário, ficam somente nos e-books.



Desesperado: Como o nome já diz, ele cai em prantos por tudo. É fácil ouvi-lo dizer: "tenho que terminar essa semana para começar o próximo!", "tenho que comprar mais livros!", "tenho que renovar o empréstimo!".



Eclético: Este lê de tudo. Não significa exatamente que goste de tudo, mas procura experimentar diferentes estilos para saber do que realmente gosta. Em sua estante pode-se encontrar clássicos, romances, poesia, biografias, literatura nacional, ficção, terror, suspense, romances policiais ou históricos, distopias e por aí vai.



Louco por Sagas: Leitores desse tipo não se contentam em apenas terminar uma história. Eles exigem que haja continuação! Gostam de acompanhar trilogias ou séries compridas, ficam sempre ansiosos esperando pelo lançamento do próximo volume, e sofrem quando a série acaba! Para completar, ainda assistem aos filmes que são lançados!



Desapegado: O leitor desapegado não sabe o que significa colecionar! Ele não guarda os livros para si mesmo. Gosta de ler, mas quando termina a história, simplesmente repassa o livro para outra pessoa, troca por um novo ou devolve para a biblioteca onde o pegou. A melhor imagem para representá-lo é uma estante vazia, ou talvez não... Se ele não coleciona livros, provavelmente não precisa de uma estante!



Consumista: Já está fácil de imaginar! Esse, quando entra numa livraria, ou acessa sites que vendem livros, faz a festa! Compra vários de uma vez só, ou compra poucos, porém com muita frequência. Acaba com o próprio dinheiro, e está sempre esperando que o Correio venha trazer os livros que comprou pela internet!



Internauta: Leva o amor pelos seus livros preferidos ao extremo, sendo uma versão mais exagerada do Perseguidor. Como se não bastasse ler, assistir aos filmes da franquia e seguir o escritor virtualmente de todas as formas possíveis, ele precisa fazer mais que isso! Precisa, é claro, ler  e escrever fanfictions, para buscar por fins alternativos e histórias paralelas com seus personagens preferidos.




Espero que tenham se divertido lendo sobre os principais tipos de leitores que identifiquei. Levem na brincadeira, pois o objetivo do post era o humor! Eu creio que me encaixo mais como eclética, acumuladora e internauta! E você? Que tipo de leitor você é?

Por: Lethycia Dias

Para aumentar a proximidade com os leitores, decidi criar uma página no Facebook, de mesmo nome, que fará a divulgação do blog. Lá será possível acompanhar as novidades do blog, ler as divertidas tirinhas do Leitor Compulsivo, criadas por mim, ver imagens com frases e citações, e ainda compartilhar tudo aquilo que nós, leitores, adoramos!

Deixarei o link abaixo, para que visitem e curtam a página!



"Esta coletânea, ganhadora do Prêmio Bram Stoker, consagrou Joe Hill como u novo mestre do horror, abrindo as portas para a publicação de sua primeira ficção, A Estrada da Noite. Em 17 contos, o autor passeia por todas as vertentes de terror: do sobrenatural ao suspense, do trhiller à fantasia. Com o texto ágil, repleto de referências culturais, este livro tem o poder de suscitar sentimentos opostos, fazendo com que o leitor fique ao mesmo tempo aterrorizado com o rumo da história e empolgado com o ritmo da narrativa. Em cada conto, por meio de cada personagem - um adorável menino inflável; o filho de Van Helsing; um garoto sequestrado que recebe ligações de um morto; um editor que se vê dentro de um conto de terror; um dono de cinema que se apaixona por um fantasma -, Hill dá vida aos nossos piores pesadelos, nos levando a refletir sobre as atrocidades de que o ser humano é capaz. Profundos, tocantes e perturbadores, os contos reunidos nesta coletânea permanecem vivos na mente do leitor até muito tempo depois de ele fechar o livro."

Autor: Joe Hill
ISBN: 978-85-99296-29-5

Nesta incrível reunião de contos do americano Joe Hill, duas vezes premiado por seus trabalhos, o leitor tem acesso ao mundo do inesperado. Mesmo quando acredita-se que a história está se desfiando pelo lado mais previsível, ele ainda é capaz de nos surpreender com o contrário, ou mesmo com algo que esteja fora de questão, além das expectativas. Não que todos os contos sejam de arrepiar os pelos da nuca - apenas fazer isto, como se fosse o único objetivo de um livro de terror, não seria o bastante. Ao contrário do que se imagina, alguns dos contos aqui apresentados estão entre o drama e o suspense, com algumas partes arrepiantes ou perturbadoras, é claro, mas sempre com muita sensibilidade.
Em Último Suspiro, nos deparamos com a visita de uma família a um museu que expõe, nada mais mais nada menos, que os últimos suspiros de pessoas que morreram; Pop Art, talvez o mais sensível de todos, apresenta a difícil vida de um garoto inflável como um balão; em A Máscara do meu pai, um garoto de treze anos se vê enredado numa perturbadora situação criada por sua mãe, sem saber muito bem o que faz parte de uma mera brincadeira, e o que é realidade; o conto que dá nome ao livro, Fantasma do Século XX, nos apresenta um homem apaixonado pelo fantasma de uma garota que assombra seu cinema; Internação Voluntária, provavelmente aquele que mais me tocou (ainda estou me desligando da história recém-lida), um homem conta através de lembranças a história do desaparecimento de seu irmão que tinha uma deficiência mental, e que parece ter causado, anos atrás, o sumiço de seu amigo.

"Seu escritor preferido era Kafka - porque ele compreendia o absurdo.
O meu era Malamud - porque ele compreendia a solidão."

Através dessas histórias Joe Hill alcança com êxito o objetivo de um contista: tocar seu leitor sendo breve, desenvolvendo os personagens, mas sem alongar-se muito, revelando-lhe os fatos, e ao mesmo tempo assombrando-o com aquilo que não diz.
Algumas dessas narrativas são, de fato, assustadoras, como Os Meninos de Abraham, ou o conto que inaugura o volume com honra, O Melhor do Novo Horror. Enquanto isso, outros são insólitos, mas nem por isso fáceis de largar; alguns, ainda, possuem tanto sentimento entre as linhas, que seria impossível não se imaginar na pele dos personagens.
Para os apreciadores de contos, ou para quem está procurando por algo novo, surpreendente, Fantasmas do Século XX não deixa dúvidas quanto ao fato de ser uma boa escolha.

Por: Lethycia Dias

Esse post veio para inaugurar a sessão Dicas de Português e Escrita, e para começar, decidi esclarecer uma confusão muito comum entre os pronomes pessoais "mim" e "eu". Antes disso, porém, que tal relembrarmos o que exatamente são os pronomes?

O pronome é uma das classes gramaticais da Língua Portuguesa. Sua função é, dependendo do caso, acompanhar ou substituir o substantivo (evitando, assim, a sua repetição). Eles representam as as pessoas do discurso, que são estas:

1ª pessoa: quem fala;
2ª pessoa: com quem se fala;
3ª pessoa: de quem se fala.

Uma das classes de pronomes é a dos pronomes pessoais, que dividem-se em retos ou oblíquos, com a diferença de que os retos são usados como sujeito da oração, e os oblíquos, não.
Aqui estão eles:






Uma dúvida frequente que algumas pessoas têm é a do uso do pronome reto "eu" ou do oblíquo "mim", em determinadas frases. Por exemplo:


  • Minha mãe pediu para "mim" ajudá-la no almoço.
  • Ela deixou uma lista com tarefas para "mim" fazer.

Nesses dois casos, fica aquela dúvida. Qual seria o mais certo? Mim, ou eu? 

O certo é utilizar o pronome pessoal reto "eu", pois é destinado à realização de ações, enquanto o pronome oblíquo "mim" tem a função contrária, sofrendo ações. Dessa forma, o certo seria dizer:

  • Minha mãe pediu para eu ajudá-la no almoço.
  • Ela deixou uma lista com tarefas para eu fazer.

Dúvida esclarecida? Não perca o próximo post!

Por: Lethycia Dias

Nada mais natural para uma pessoa que gosta de escrever, do que compartilhar o conhecimento que tem, certo? Em apoio à sessão Gêneros Textuais, e um projeto (que pretendo começar em breve) de auxílio para estudantes, decidi iniciar também uma sessão de Dicas de Português e Escrita!
Em cada post novo, estarei esclarecendo alguma espécie de dúvida comum na hora de se elaborar um texto! Começarei em breve!

Os primeiros que li e que escrevi


Não sei se o primeiro livro é marcante para todos, mas pra mim, os primeiros que li são muito importantes. Representam o início da minha paixão, do meu encanto pela leitura. Talvez represente o mesmo para outros leitores também. Muitos não se lembram com o que começaram; eu, pelo contrário, me lembro bem. Era uma coleção de livros infantis bem fininhos que ganhei de presente, com alguns dos contos de fada mais conhecidos: Branca de Neve, Os Três Porquinhos, Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, e outros, totalizando doze das famosas histórias que todos nós conhecemos na infância. Eu devia ter sete ou oito anos, e amei o presente.
Eu lia todos, repetidas vezes, e não me cansava de observar as ilustrações, que para mim pareciam tão mágicas quanto as histórias que representavam Ninguém precisava ler para mim: as atividades da escola cobravam a leitura, e as histórias dos livrinhos eram simples e curtas, perfeitas para uma criança.
Acho que foi mais ou menos assim que comecei.
Decidi então escrever os meus próprios livros de histórias infantis. Tínhamos muito papel em casa, e eu pegava folhas de papel A4, dobrava ao meio para formar a capa, e ia fazendo a páginas do mesmo jeito. Escrevia minhas próprias histórias nenhuma delas muito elaborada, é claro – e fazia, na parte de baixo da página meus próprios desenhos. No fim, pregava tudo com o grampeador que tínhamos em casa. Hoje não me lembro de quase nada a respeito do que escrevia (meus livrinhos se perderam em algum momento, ou porque me cansei deles e achei que eram muito infantis, ou foram ficando esquecidos conforme eu crescia). Fiz um monte deles, por mais de um ano, e falava sobre isso para todo mundo. Certa vez, quando achei que tinha perdido um deles, fiquei desesperada.
Gosto de me lembrar disso com muito carinho. Afinal, foram as primeiras histórias que escrevi, inspiradas nas primeiras que li. Gostaria de ter guardado pelo menos um dos livro de contos de fada (eles também se perderam), ou dos livros que eu fazia em sozinha. Seriam uma lembrança doce e terna da minha infância, um resquício do amor que eu já alimentava pelos livros.



Você alguma vez já se atentou para essas duas partes dos livros, mostradas abaixo?




Certa vez, em um grupo de leitores do Facebook, do qual participo, notei a pergunta de alguém a respeito disso. A pessoa queria saber se os outros também liam a orelha do livro, os agradecimentos e outras partes que podemos dizer que não integram o conteúdo, em si, dos livros. O que as outras pessoas responderam não tem a menor importância. O que devemos observar é que, se estão lá, é porque espera-se que alguém as leia.
Como leitora compulsiva (e talvez até um pouco maníaca), eu digo que leio tudo. Tudo mesmo. Desde o título e a sinopse, até as informações do autor, geralmente no final. Faço isso sempre, como uma espécie de ritual para iniciar e finalizar cada leitura. Vou lendo tudo, para conhecer o máximo possível sobre o objeto à minha frente. Me informo sobre a edição e o ano em que foi publicada; leio a introdução e as notas da editora, quando há; e os agradecimentos, sempre; quando chego ao fim, caso haja, leio também os comentários do autor ou do tradutor. E, por algum motivo, minha leitura fica muito melhor assim. Talvez seja só uma mania de leitora enjoada. Ou não.

Decidi incluir aqui o pouco que entendo sobre essas partes que algumas pessoas consideram como "anexos", e que nem sempre leem.

Orelha: nessa parte, em geral, há detalhes sobre a história, um pouco mais do que podemos ler na sinopse. Também é possível encontrar as críticas recebidas. E, no final, um pequeno texto sobre o autor, às vezes acompanhado de sua fotografia;
Informações da obra: é onde se pode encontrar todos relacionados ao livro que se tem em mãos, como se fosse sua carteira de identidade. É lá que se encontram o ano de publicação, o nome de tradutor, do revisor e de quem fez a capa. É onde está o ISBN, código muito importante. Às vezes encontra-se nessa página até o mesmo o tipo de papel utilizado na impressão;
Introdução e/ou apresentação: como os nomes já dizem, são os primeiros comentários a respeito daquilo que você vai ler. Também podem aparecer na forma de um prefácio, geralmente escrito pelo editor, ou por algum outro escritor, ou estudioso do gênero em questão que dirá, de maneira formal, suas impressões;
Agradecimentos: é o lugar onde o escritor expressará todo o seu carinho pelas pessoas que o acompanharam durante o processo de preparação do livro. Essas pessoas são, em geral, os familiares, o editor ou algum amigo;
Dedicatória: mais um espaço para o escritor, que dedicará a obra a alguém especial. Algumas são feitas especialmente para os leitores;
Comentário do autor: caso haja necessidade, o escritor explicará algo acerca de sua obra, como se conversasse diretamente com o leitor. Poderá dar detalhes sobre o processo de criação, as pesquisas que teve de fazer, as pessoas com quem conversou e lugares que visitou. Pode também acrescentar os fatores que lhe serviram de inspiração;
Comentário do tradutor: geralmente localizado no final, é onde o profissional responsável pela tradução de uma obra estrangeira nos fala de certas características e peculiaridades que tornam o text traduzido um pouco diferente do original;
Informações do autor: uma breve biografia, contendo seu lugar de origem, alguns poucos detalhes de sua vida às vezes sua idade e formação acadêmica.

Como se pode perceber pelo resumo acima, são detalhes muito importantes, que certas vezes completam a leitura. Além de se aventurar pela história contada no livro, o leitor pode também saber tudo o que tem direito sobre sua publicação, e sobre quem o escreveu.

Por: Lethycia Dias



Existem algumas perguntas clássicas que nós, leitores, mais cedo ou mais tarde acabamos ouvindo: "Quantos livros você tem?", "Quantos já leu?", "Qual o seu preferido?", "Você não cansa de ler?"... Mas uma delas talvez seja aquela que ouvimos com mais frequência. "Por que você lê tanto?". Cada um reage a essa pergunta à sua maneira. Eu nem sempre sei muito bem como explicar, mas tento fazer com que a pessoa perceba pelo menos um pouco do que eu vejo de tão maravilhoso nos livros. Procuro fazer isso de forma que não ofenda aqueles que não leem, mas que também seja uma boa forma mudar opiniões.
Como sei que muitas outras pessoas também têm de responder a essa pergunta, vou expor aqui algumas das minhas razões, e sei que alguns vão se identificar com isso.

  1. Eles me transportam para outros lugares. Com eles conheço as vidas de outras pessoas, em outras cidades, outros países, ou mesmo em universos inexistentes, criados só para aquela história;
  2. Ainda que essas pessoas não existam, podem ser tão fascinantes quanto pessoas da vida real;
  3. Através do que lemos (seja um romance, uma aventura, uma história de ficção, uma biografia, um ensaio filosófico ou científico), sempre podemos aprender algo. Acredito que isso seja indispensável. Invariavelmente estamos sempre podendo tirar algum proveito daquilo que lemos;
  4. É um exercício mental, bom para o relaxamento, me ajuda a me "desligar" de coisas que me ocupam além do necessário ou me estressam;
  5. É sempre um prazer indescritível.
Acho que é o suficiente para explicar. É claro que eu nem sempre soube disso, fui percebendo tudo aos poucos. Os livros sempre me encantaram desde criança, embora antes de me tornar uma leitora constante, eu tenha sido uma leitora ocasional como tantas pessoas. Mas a alegria que me trazem sempre foi a mesma.

Por: Lethycia Dias



Para quem gosta de contos, decidi fazer aqui uma seleção com alguns dos meus preferidos, que me sinto incapaz de esquecer. Os critérios que usei foram simples: eles me emocionaram, me chocaram, me mantiveram bastante tensa durante sua leitura, ou então me assustaram bastante. Aqui estão eles, acompanhados do nome de seus respectivos autores e um pouco que posso adiantar sobre seus enredos...

1- Pop Art - Joe Hill: Eu o li há apenas alguns dias. Faz parte de uma coletânea que estou lendo, Fantasmas do Século XX, que em breve receberá uma resenha aqui no blog. Narrado por um garoto que procura manter uma má reputação na escola, conta a triste história de Arthur Roth, um menino inflável – sim, eu disse mesmo inflável – e sobre suas imensas dificuldades para sobreviver em um mundo que não compreende as diferenças;

2- A Causa Secreta - Machado de Assis: Por prestar atenção às apresentações de trabalhos escolares, fiquei extremamente curiosa a respeito deste conto, quando um colega de classe falou sobre o que leu. Quando tive acesso ao seu conteúdo, não gostei do que li. Eu amei. Foi inquietante, e ao mesmo tempo assustador. Garcia é um médico recém-formado que torna-se amigo de outro médico, Fortunato, e passa a frequentar sua casa, apaixonando-se por sua esposa, Maria Luísa. Entretanto, a convivência com Fortunato lhe traz algo mais – Garcia começa a perceber que Fortunato é um homem frio e cruel;

3- O Espartilho - Lygia Fagundes Telles: Ainda entre as histórias inquietantes, terei sempre um espaço especial no coração para a narrativa vívida e profunda de O Espartilho, despejada por Ana Luisa, uma órfã criada pela avó preconceituosa que muito influenciou sua visão de mundo. À medida em que investiga a respeito de seus familiares, a menina cujos pais foram mortos num acidente vai percebendo que a família não era tão perfeita quanto pintava a avó, e que nem tudo no mundo realmente é como imaginava. A tensão cresce com seu relato, e enquanto amadurece, tornando-se uma jovem inteligente e questionadora, ávida por liberdade, a protagonista também vive o conflito do medo que a avó, sua única familiar viva, começou a lhe causar;

4- A Mulher dos Meus Sonhos e Outros Sonhos - Rodrigo Fresán: Escrito pelo argentino Rodrigo Fresán, traz a história singular de um homem que tem um poder ironicamente ruim – seus sonhos não se tornam realidade. Muito interessado por uma música de Chico Buarque, Outros Sonhos, em que o eu lírico relata coisas impossíveis, o protagonista de A Mulher dos Meus Sonhos e Outros Sonhos nos conta a respeito de vários de seus sonhos noturnos, e do enorme esforço que faz para que Laura, a mulher de seus sonhos, não venha a amá-lo enquanto dorme;

5- O Rastro do Teu Sangue Na Neve - Gabriel García Márquez: Nena Daconte e Billy Sánchez Ávila, dois jovens ricos e recém-casados que sempre viveram a vida sem muita responsabilidade, dirigem de Madri até Paris, onde passarão sua lua-de-mel. Antes de partir, ao receber um buquê de rosas, Nena furou o dedo em um espinho. Como se fosse um ferimento grave, seu dedo sangra por todo o caminho sem parar. Quando os dois chegam a Paris, Nena é imediatamente internada em um hospital. Billy, sem conhecer nada da cidade e sem saber falar uma palavra em francês, vive momentos de completa solidão enquanto sua jovem esposa padece sem nenhuma possibilidade de tratamento;

6- O Cobrador - Rubem Fonseca: Descrevendo a violência urbana e conseguindo, por isso, ainda ser atual, este conto de Rubem Fonseca me chocou bastante. A narrativa é rápida como um filme de ação, e o personagem principal é um homem que acredita que as outras pessoas (ao menos aquelas que possuem bens de valor) estão lhe devendo tudo aquilo que lhe falta. Ele então irá persegui-las, como um bom cobrador;

7- Conspiração - Moacyr Scliar: Em Conspiração, que li pela primeira vez em um livro didático do colégio, um garoto, Francisco Pedro, tem de escrever uma redação na aula de Português, em que dona Marta, a professora de canto, está como substituta. Alvo de piadas, ela não é muito querida pelos alunos. Francisco Pedro cria em sua redação uma narrativa em que pessoas num país distante lutam contra uma ditadura de cegos. Sendo escolhido para ler sua redação em voz alta, o aluno não pode revelar à professora substituta o que escreveu. Resolve, então, inventar. Improvisa a narrativa de um passeio pelo campo, emocionando a professora. E logo depois, para impedir que ela leve sua redação para casa, ele faz algo que a magoa profundamente. Com o fim, percebemos o quanto uma criança pode ser cruel sem perceber;

8- A Balada do Neurótico - Cícero Fernandes Pereira Leitão: Publicado na antologia do Concurso Literário Brasília É Uma Festa, do qual também participei, este conto nos traz bastante mistério na Capital Federal. Em um restaurante, o tenente coronel Palmares recebe uma estranha pasta com documentos que sugerem que um misterioso homenzinho (presente em fotografias) seja o culpado por diversas tragédias que ocorreram nas últimas décadas. Lembrando-se de que naquele mesmo dia a presidente se apresentará em solenidade oficial, ele precisa impedir que algo terrível aconteça. Mas será que acreditarão em sua palavra?

9- O Gato Preto - Edgar Allan Poe: Neste famoso conto de Edgar Allan Poe, o narrador-personagem é um homem que amava animais, e que vê sua personalidade mudar drasticamente com o passar do tempo, logo que ele e sua esposa adotam um belíssimo gato preto;

10- A Pata do Macaco - W.W. Jacobs: Em A Pata do Macaco, que acredito ser o mais assustador e mais envolvente conto desta seleção, o terror está naquilo que não é revelado. Ou melhor, naquilo que sequer chega a acontecer. O Sr. White, um homem já velho, recebe um estranho objeto capaz de realizar desejos, com o porém de que nada acontece como realmente esperamos. Quando seu filho morre em um horrível acidente (causado por um desejo que se realizou da forma errada), sua esposa quer trazê-lo de volta. A campainha toca, e é impossível controlar a tensão enquanto o Sr. White tenta impedir sua esposa de abrir a porta.

Estes são alguns de meus contos preferidos. Li alguns em livros, e outros, na própria internet, e me apaixonei por todos. Espero que você, visitante, sinta-se instigado a ler alguns deles!

Por: Lethycia Dias



Sendo um gênero narrativo muito popular, a grande diferença da fábula é o fato de conter animais como personagens, animados com características antropomórficas, isto é, à semelhança de seres humanos. Em histórias desse tipo, cada animal é representado por uma característica própria, a fim de ilustrar o modo de agir das pessoas. Sendo assim, nas fábulas mais populares o leão é conhecido por representar a força, a formiga o trabalho, a raposa a astúcia, e a coruja a sabedoria. Outra característica marcante das fábulas é a lição de moral, sempre explícita no fim da história, e por isso elas foram por muito tempo usadas como forma de transmitir ensinamentos e valores, principalmente para as crianças.
Esopo é o mais conhecido autor de fábulas, mas antes que suas histórias se propagassem pela Grécia Antiga no século VI a.C. por meio da oratória, a fábula teve sua origem no Oriente, onde provérbios sumérios, escritos cerca de 1500 anos antes de Cristo, já incluíam animais antropomórficos e lições de moral semelhantes às dos gregos. Entretanto, foi com Esopo que elas se propagaram, e seu objetivo era ressaltar os comportamentos humanos.
O escritor francês Jean de La Fontaine (1621-1695) tornou-se famoso por reescrever as antigas fábulas de Esopo.

Algumas fábulas famosas:
  • A Cigarra e a Formiga;
  • O Leão e o Ratinho;
  • A Raposa e o Corvo;
  • A Lebre e a Tartaruga;
  • O Rato do campo e o Rato da cidade.
Por: Lethycia Dias



Você está na dúvida entre livros físicos ou digitais? Saiba que não é o único! Existe uma grande discordância no universo dos leitores a respeito dessas duas formas de leitura. Cada leitor tem sua própria preferência, mas parece não haver uma resolução a respeito. Afinal, qual dos dois será melhor?
Posso responder a essa pergunta: nenhum. Se você ama ler, a melhor forma é aquela que mais te agrada. Não importa se seus livros são velhos e surrados, se acabaram de sair da livraria, se estão todos reunidos na memória do seu computador. O que importa é que você continue se encantando com seu conteúdo.
Para aqueles que ainda estão em dúvida, preparei uma listinha com algumas vantagens e desvantagens tanto dos livros físicos como dos digitais.

O livro digital



Vantagens:
  • Os aparelhos próprios para leitura digital são leves e cômodos, e suas baterias podem durar muitas horas;
  • Para quem se incomoda com a luz forte, é possível adaptar a tela, escurecendo-a;
  • Também é possível, em alguns aparelhos, marcar a página onde a leitura foi interrompida, e sublinhar as frases mais interessantes;
  • Toda a coleção fica armazenada no aparelho, sem ocupar muito espaço na memória, o que permite que o leitor colecione centenas de livros em biblioteca digital;
  • Muitas obras publicadas hoje já são adaptadas para o formato digital, sendo possível encontrá-las com muita facilidade;
  • As versões digitais são geralmente vendidas a um preço mais baixo;
  • Não há gasto de papel para produzi-los.
Desvantagens:
  • Os aparelhos de leitura digital podem ser muito sensíveis e frágeis. É melhor evitar quedas;
  • Talvez não seja possível levar para a escola para ler durante as horas vagas. Não é muito seguro também levar para ler dentro do ônibus;
  • Não possuem aquele inconfundível cheiro de papel e tinta que tantas pessoas amam;
  • Também não é possível dar livros como presente na versão digital, e menos possível ainda fazer dedicatórias

O Livro Físico



Vantagens:
  • Podem ser levados para praticamente qualquer lugar: escola, trabalho, dentro do carro, dentro do ônibus, ou em uma viagem de avião;
  • Ao contrário do digital, obviamente não é necessário ligar a uma tomada para poder ler;
  • Possuem o conhecido cheiro de papel e tinta, é possível sentir a textura das páginas e os relevos da capa, se houver;
  • É possível trocá-los ou revendê-los;
  • Quando são antigos, costumam ser vendidos a preços muito baixos em sebos e bazares;
  • Para dar a um amigo, é possível fazer uma dedicatória e embrulhar como presente;
  • Permite que o leitor faça, ao mesmo tempo, uma coleção de marcadores de páginas, um para cada livro que possuir;
  • Podem ser feitos de papel reciclado.
Desvantagens:
  • Caso a coleção seja grande, podem ocupar muito espaço;
  • Acumulam poeira;
  • Se deterioram com o tempo e são muito sensíveis à umidade;
  • Costumam ser mais caros que as versões digitais;
  • Muito papel é gasto para que sejam produzidos.

Como se pode ver, cada um possui seus prós e contras. Alguns preferem os físicos, como eu, enquanto outros preferem os digitais. Mas a forma de leitura não tem importância. Se a história for boa, se servir como transmissão de conhecimento e valores, se puder emocionar alguém, que diferença fará? O importante é se emocionar com a leitura!

Por: Lethycia Dias


Você é do tipo que só lê seus próprios livros, que são todos comprados em livrarias ou sites especializados? E não costuma pegar livros emprestados em bibliotecas, ou com seus amigos que também leem? Então, posso presumir que todos os seus livros são novinhos em folha, recentemente comprados, e que você nunca entrou em um sebo. E que, provavelmente, não gosta de livros antigos, que na sua opinião são velhos, feios e estragados.
Trate de mudar de opinião o mais rápido possível. Para mim, um leitor que se preze não vai se importar com o local se onde veio seu livro vai, ao contrário, pegá-lo com mãos cuidadosas e zelar para que seja preservado; vai abri-lo devagar e apreciar o momento; vai virar as páginas devagar sem, no entanto, perder a empolgação. E que importa o material, se a leitura for prazerosa? Se foi usado antes, se pertenceu a outra pessoa, não deixa de ser um bom livro. Aliás, se for este o caso, pense nas outras histórias que tal objeto pode carregar consigo, além da própria história que se desenrola em suas páginas? A quem pode ter pertencido? Que lembranças o antigo dono deixou? Por quantas horas se divertiu com ele? Onde o adquiriu, de quem o ganhou? São muitas perguntas que ninguém irá responder, mas que você, com seu livro usado nas mãos, poderá imaginar.
Para mim, os livros antigos possuem um charme irresistível. E adoro entrar em sebos, mesmo que seja só para olhar a sucessão de livros organizados nas prateleiras ou empilhados nos balcões. Gosto de entrar devagar, admirando tudo, e se nenhum vendedor aparecer para me perguntar se pode ajudar em algo, gosto mais ainda de pegar alguns dos livros que encontro, folheá-los e sentir seu cheiro de antiguidade.
Há outras coisas interessantes neles. Alguns dos livros antigos podem ser considerados raros, podem ser edições que foram publicadas em pequenas tiragens. Podem conter comentários especiais do autor ou do editor. Podem ter preservada a linguagem original usada pelo autor. Podem conter também aspectos da linguagem que não poderiam ser observados em uma edição nova, como o uso de algum antigo acordo ortográfico. Para quem não se prende somente à história lida, mas também aos detalhes da linguagem, pode ser magnífico observar as regras de escrita de antigamente em seu país. Além disso, podem ter capa dura, algo que acredito que os torna mais belos, além de protegê-los muito mais.
Livros antigos nem sempre são um estorvo ou algo que ocupa espaço à toa nas casas das pessoas. Podem ser preciosos para alguns, podem ser vistos como objetos que precisam ser preservados e tratados com carinho, pelo valor inestimável daquilo que carregam dentro de si. Não é necessário, é claro, que abandonem as edições novas, mas podem também dar mais valor aos "velhinhos".



Por: Lethycia Dias



Como uma das propostas deste blog é divulgar e apoiar a literatura nacional, decidi reunir hoje na Sessão 10 uma listinha especial com dez títulos nacionais que li com muito prazer e que recomendo a todos. São muitos livros escritos por brasileiros de que gostei (acredito que a nossa literatura é muito boa e que merece mais reconhecimento), mas para obedecer à regra da Sessão 10, tinha um número limitado de escolhas. É hora de começar:

1- A Arca dos Marechais - Marcos Rey



Creio que o me chamou a atenção neste livro tenha sido o conflito que o personagem principal cria para si mesmo ao falsificar dinheiro com uma máquina herdada de seu tio. Cansado da vida tediosa que levava, Emerich produz notas de cinco mil cruzeiros (chamadas de "Marechais" porque estampavam o rosto do Marechal Castelo Branco) e as armazena numa imensa arca. Passa então a levar uma vida luxuosa, do hotel em hotel, cidade em cidade, fingindo ser outra pessoa, representando papeis, com nomes falsos e mudanças em sua aparência, numa tentativa de esconder quem era e de ocultar os rastros de seu crime. A farsa torna-se séria a ponto de Emerich ter dúvidas de quem realmente é: um simples funcionário de um aquário público, ou os personagens que criou para que pudesse viver sua nova vida.




2- Hilda Furacão - Roberto Drummond


 A trama que foi adaptada para a televisão e exibida em forma de minissérie em 1998 foi primeiro um livro, escrito por Roberto Drummond, sendo sua obra mais famosa. Narrada pelo jovem jornalista Roberto - o próprio autor - a história mistura personagens reais e fictícios na Belo Horizonte de 1964 em torno de da bela Hilda, moça de família abastada que encantava os homens no tradicional Minas Tênis Clube, e que de repente, sem nenhuma explicação, torna-se prostituta no quarto 304 do Grande Hotel, fazendo sucesso na vida boêmia. Roberto tem à sua frente o grande mistério sem solução: por que motivo Hilda teria largado seu maiô dourado para receber clientes no Grande Hotel? Ao mesmo tempo, seus dois melhores amigos, Malthus, o Santo, e Aramel, o Belo, também têm seus destinos cruzados com a ex-Garota do Maiô Dourado. A narrativa é divertida e ao mesmo tempo eletrizante, e o leitor se vê preso às páginas pelos muitos questionamentos que surgem ao longo da trama.




3- Olhai Os Lírios do Campo - Erico Verissimo

 De volta aos conflitos íntimos, Erico Verissimo nos traz com muita sensibilidade e sutileza, em Olha Os Lírios do Campo, a desilusão e a tristeza de Eugênio, que durante a juventude ambicionava tornar-se médico pelo status que a profissão poderia lhe trazer. Embora estivesse apaixonado por sua colega de faculdade Olívia, que não lhe exige nenhum compromisso, casa-se com uma mulher rica, insatisfeito em apenas ter se tornado médico. Três anos depois, Eugênio se vê numa séria crise existencial: ainda ama Olívia, não tem nenhum sentimento por sua esposa e não tem o prestígio social que sempre desejara, sendo conhecido apenas como "o genro do Sintra". Alternando entre momentos no passado e no presente, esta linda história está repleta de reflexões dos mais variados temas, como a ascensão social do personagem, os desafios enfrentados por um médio em sua profissão e os desencontros amorosos.



4- Memorial de Maria Moura - Rachel de Queiroz

A nordestina Rachel de Queiroz, primeira mulher a ocupar uma cadeira da Academia Brasileira de Letras, nos dá um show de literatura regional em Memorial de Maria Moura, a partir do ponto de vista de três personagens, contando a trajetória de Maria Moura, uma filha de fazendeiro que vê o padrasto assassinar sua mãe, desejoso de receber em herança as terras que pertenciam ao seu pai. Para defender o que é seu, ela mesma o mata. E para esquivar-se de seus primos na briga pela herança que se inicia em seguida, a corajosa Maria Moura desbrava o sertão nordestino do tempo colonial reunindo homens, armas e dinheiro em terras roubadas, onde seu povo vive sob suas leis. A linguagem característica nordestina é muito original tanto na narração quanto nos diálogos. A trama é repleta de perigos, reviravoltas e armadilhas, onde os personagens, movidos por ambição, medo e desejo de poder ou vingança, podem a qualquer momento trair uns aos outros, em troca de uma situação que pareça mais vantajosa.


5- O Homem Nu - Fernando Sabino


 O Homem Nu reúne diversos contos e crônicas escritos com muito humor e criatividade por Fernando Sabino. Foi para mim uma leitura leve e rápida, repleta de risadas. Seus personagens são às vezes colocados em situações inusitadas e absurdas como no caso do conto que dá título ao livro, em que um homem, completamente nu, se vê trancado do lado de fora de seu apartamento, tendo apenas um saco de pão para se cobrir. 






6- Veronika Decide Morrer - Paulo Coelho


Foi o primeiro livro que Paulo Coelho que eu li, e tenho muito a dizer sobre ele. A leitura me surpreendeu muito, principalmente por ter sido escrita a partir das próprias experiências do autor em um hospício, como Coelho nos relata  no fim de sua história. Outra surpresa foi a ideia de colocar-se na própria história, ao longo de um capítulo, em que Paulo Coelho conversa com uma amiga, também chamada Veronika, sobre a Veronika fictícia, que por não ver mais nenhum sentido em sua vida, decidi matar-se tomando doses excessivas de remédio. Ela é socorrida a tempo e acorda em Villete, um hospício do qual ninguém nunca conseguiu fugir, mas ao invés de receber a segunda chance que nós leitores esperamos, recebe a terrível notícia de que sua tentativa de suicídio comprometeu seu coração, e que embora tenha sobrevivido, só poderá viver por mais alguns dias. Durante este tempo, ela descobre coisas incríveis sobre as pessoas e sobre si mesma, porque, para fazer uma citação, "todos nós, de um jeito ou de outro, somos loucos".



7 - Incidente Em Antares - Erico Verissimo


Outra impressionante obra de Erico Verissimo entra nesta lista. Com muita genialidade e ironia, o autor gaúcho relata em Incidente Em Antares a revolta de sete cadáveres por não terem sido enterrados em razão da greve geral na cidade fictícia de Antares, na qual até os coveiros recusam-se a trabalhar, em solidariedade aos operários das fábricas da cidade. Os mortos levantam-se de seus caixões e voltam à cidade, para importunar seus familiares. Neste romance maravilhoso, Verissimo apresenta mais um pouco daquilo que podemos observar de melhor em sua obra: os conflitos entre classes sociais, a mesquinhez das pessoas, a hipocrisia e leviandade das relações humanas. São vários os personagens que relatam o acontecimento, como o jornalista Lucas Faia, o padre Geminiano, e o professor Martim Francisco Terra, que tem parentesco com a família Terra da saga O Tempo E O Vento, numa surpreendente intertextualidade.



8- Dias e Dias - Ana Miranda


Em Dias e Dias, Ana Miranda retrata o cotidiano do interior do Brasil durante o século XIX, ao mesmo tempo em que faz uma releitura da vida do poeta Gonçalves Dias, maior símbolo do Romantismo Brasileiro e autor do famoso poema Canção do Exílio. A protagonista Feliciana, apaixonada desde sua juventude por Antonio, o célebre poeta que parte da pequena cidade, entra contato com a vida íntima de seu amado através das cartas que ele escreve para seu amigo Alexandre Teófilo e Carvalho Leal, que são mostradas a Feliciana por Maria Luiza, esposa de Teófilo. Com muita sensibilidade, a trama nos coloca dentro do mundo de Feliciana, uma mulher simples, que por toda a vida tem sua paixão alimentada através da leitura das cartas. Para quem admira a poesia brasileira, é uma ótima forma de se aproximar mais da vida de um dos nossos mais famosos poetas.



9 - As Esganadas - Jô Soares


Ambientada no Rio de Janeiro do fim da década de 30, esta impressionante obra de Jô Soares nos traz uma trama maravilhosa, com personagens inusitados, como um ex-inspetor português, saído de um poema de Fernando Pessoa, acompanhado de um delegado sempre mal-humorado e seu auxiliar medroso, além de uma bela jornalista, que juntos investigarão uma série de brutais assassinatos em que a única relação entre as vítimas é o fato de serem gordas. Diferente de outros romances policiais, em As Esganadas o criminoso é revelado logo no início: um homem assustador e muito esperto, que odeia sua mãe e odeia mais ainda mulheres gordas. Entre muitas cenas divertidas e arrepiantes, parece ser impossível que a polícia pegue o assassino, que tem uma rara característica que o torna "invisível" aos métodos científicos de identificação. De forma irônica, entre muitas trapalhadas e deliciosas receitas da culinária portuguesa, Jô Soares criou uma história imperdível.



10 - Para Viver Um Grande Amor - Vinícius de Moraes


 Encerro esta seleção com Para Viver Um Grande Amor, uma bela seleção de crônicas e poemas do Poetinha, que até hoje me encantam. Ora românticas, ora trágicas, suas crônicas são todas tocantes, e algumas revelam segredos profundamente tristes, como em O Dia do Meu Pai, que foi para mim o ponto alto da leitura. Seus poemas trazem, é claro, todo o encanto e a simplicidade de Vinicius de Moraes que conhecemos de longe. Recomendo sua leitura a todos que admiram  Vinicius, e ainda aos que gostam de poesia ou que se consideram bons leitores de crônicas.






Existem, é claro, muitos outros livros que eu poderia ter incluído numa lista como essa. A escolha foi difícil, devido à grande quantidade de títulos brasileiros que considero admiráveis, Mas estes são os que, no fim, se mostraram mais relevantes para mim, e que espero que venham a agradar e muitas outras pessoas.

Por: Lethycia Dias


"Brida é uma jovem irlandesa que sempre se interessou por magia. Em determinado momento, ela sente que é chegada a hora de mergulhar mais fundo nesse assunto e resolve procurar os sábios que dominam a arte da feitiçaria. Nessa busca, duas pessoas são fundamentais: o Mago de Folk, que instrui Brida a confiar na bondade do mundo, e Wicca, que leva sua aprendiz a descobrir o seu Dom e alcançar a música do mundo. Enquanto Brida tenta aplacar sua sede de conhecimento, também luta para vencer seus medos e encontrar o equilíbrio entre seus relacionamentos atuais e as descobertas de suas vidas passadas. Esta é uma história de amor, paixão, mistério e espiritualidade, que trata do ancestral anseio humano por encontrar a alma gêmea"




Autor: Paulo Coelho
I.S.B.N.: 978-85-7542-935-8

Tendo lindo apenas um livro de Paulo Coelho antes, encarei Brida como uma nova aventura, um mergulho no desconhecido que é explorar o estilo de um autor diferente, e pude concluir que para os livros de Paulo Coelho a regra é uma só: ou você ama, ou você odeia. E estou surpresa com o quanto amei. Como uma leitora determinada a quebrar o preconceito com os autores nacionais e mostrar que o Brasil também está cheio de escritores brilhantes, posso afirmar que não é à toa que Coelho é o escritor brasileiro que mais vende internacionalmente, tendo suas obras publicadas em 168 países e traduzida para 78 idiomas. Também não é por acaso que ocupa uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Longe do que se poderia esperar ao ler a sinopse, o mito da bruxa é desconstruído em Brida. A personagem aprende magia, e com ela conhece melhor os mistérios do mundo e de sua própria personalidade, conhecendo-se melhor. Encontra-se com a sabedoria que o ser humano vem acumulando por milênios durante sucessivas encarnações, e encontra aquilo que todos nós procuramos, aquilo que está presente nos clássicos, nos filmes, nos desejos das pessoas: o amor.

"Sabia que ninguém mais iria ouvi-la com o mesmo respeito, porque as pessoas tinham medo de saber como a vida era mágica; estavam acostumadas com suas casas, seus empregos, suas expectativas, e se alguém aparecesse dizendo que era possível viajar no tempo (...), as pessoas se sentiriam roubadas pela vida, porque elas não tinham aquilo, a vida delas era o dia sempre igual, a noite sempre igual, os fins de semana iguais."

Seja nos ensinamentos de sua mentora Wicca, ou seja nas conversas com o Mago, Brida sacia sua sede de conhecimento, aprendendo a cada dia um pouco mais sobre as pessoas e a vida, e à sua maneira, quando entra em contato com o mundo invisível, aproxima-se mais de Deus. Sua história é uma constante e profunda reflexão sobre tudo o que nos cerca, e com certeza agradará àqueles que já conhecem outros livros do autor, e também àqueles que, assim como eu, pretendem ler para conhecê-lo.
É mais um daqueles livros que compramos por algum motivo especial, porque algo neles (talvez a capa, talvez a sinopse, talvez o título, talvez as primeiras páginas) nos instigou a ler, e então percebemos que tivemos uma intuição correta. Para mim, será um volume exótico na minha estante; para quem se interessa por assuntos como reencarnação e práticas esotéricas, será com certeza interessante!

Por: Lethycia Dias

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