Conheço uma garotinha que vivia dizendo "Quando eu crescer, vou ser escritora". O pai dessa garotinha me contou que quando era muito pequena, ela dizia que quando crescesse "ia fazer livros". Por favor, não se surpreendam com o que vou dizer agora.
Essa garotinha sou eu.
E não estou contando uma história bonitinha só para começar o post. Isso aconteceu mesmo. Eu me lembro de ter dito isso várias vezes. E querem saber? A garotinha nunca desistiu de seu sonho. Houve momentos em que ela achou que deveria deixá-lo guardado lá no fundo de seu coração, escondido do mundo e da pessoas, mas nunca foi capaz de deixá-lo morrer.
Acho que o gosto pela leitura, em si, já desperta naturalmente a vontade de escrever. Podemos usar essa vontade para expressar nossos sentimentos, através de um diário ou escrevendo alguns poemas, ou podemos levar a sério essa vontade e ir nos aperfeiçoando. Quem sabe algum dia possamos nos transformar em novos escritores? Realizar isso com certeza é o sonho de muitos leitores que nas horas vagas escrevem!
Estou aqui para compartilhar minhas experiências, e por isso, não estranhem se acharem esse post muito pessoal. Eu comecei a escrever ainda criança, como vocês devem ter lido no terceiro Casos de Leitora, que publiquei no mês passado. Naquela época eu não levava muito a sério, porque escrevia sem ter exatamente um objetivo. Mais tarde, aos treze anos, comecei com alguns poemas, que eu confesso que eram muito ruins. Mas deixei que uma professora lesse alguns, e ela ficou muito empolgada, e me emprestou um livro, uma antologia poética de Cecília Meireles. Era o primeiro volume de uma seleção completa da poetisa, que eu fui lendo e gostando cada vez mais. Quando terminei aquele, ela me emprestou o próximo, e assim por diante, e fui lendo todos. Ela me explicou que escritores se baseiam naquilo que leem, e que precisam diversificar seus conhecimentos por meio de muita leitura, até criarem seu próprio estilo. E fui percebendo que quanto mais lia poesia, mais poemas eu escrevia, e melhores eles ficavam. Não quer dizer que eu copiava o estilo de Cecília Meireles. Eu estava aprendendo. Ninguém começa a escrever do nada. Afinal, como diz aquela famosa frase, "Todo escritor, antes de tudo, é um leitor".
Continuei com os poemas por muito tempo. Eu escrevia sobre meus sentimentos, sobre coisas que me incomodavam e me faziam pensar, coisas de que eu gostava. Naquele mesmo ano, escrevi um dos poemas de que mais gosto, que se chama "O Encontro da Poesia". Os poemas melhoraram muito com o passar do tempo.
Foi naquela época também que experimentei o meu primeiro romance. Não vou acrescentar muitos detalhes, mas vou dizer que era uma história de fantasia, pois era isso que eu andava lendo com muita frequência na época; e que não pretendo publicá-lo, pois era ainda muito imatura quando o escrevi, e prefiro guardá-lo com muito carinho, como uma coisa só minha.
Não me lembro de quando exatamente comecei com os contos e as crônicas. Mas gosto muito desses dois gêneros, por serem textos curtos, que podem ser escritos muito rápido. Há dias em que acordo com uma ideia na cabeça, uma simples frase que surge, e conforme vou pensando, algo vai nascendo, e preciso colocar no papel. Não parei com os poemas, e por isso separei um caderno onde pudesse escrever.
A inspiração também não vinha sempre, e havia tempos em que passava mais de um mês sem escrever uma palavra, enquanto, outras vezes, escrevia várias crônicas e poemas no mesmo dia, ou um conto por semana. Eu costumava ter ideias na escola, durante as aulas, e separei uma matéria no meu caderno do colégio só para a poesia.
Eu já preenchi por completo dois cadernos, somente com meus poemas, contos e crônicas.
Eu gosto de escrever a lápis, e depois digitar no computador.
É normal errar. Eu erro muito quando escrevo à mão, e meus textos originais estão repletos de rabiscos e manchas de quando escrevo com força e apago sem muito cuidado. Depois, na hora de digitar, vou corrigindo tudo, melhorando algumas frases, acrescentando trechos.
Meus amigos e familiares sabem que escrevo desde criança e me apoiam. Eu deixo que eles leiam quando me pedem.
Enfim, acho que isso já foi o bastante sobre mim. Agora, vou dar alguns conselhos que considero importantes:
- Se você quer escrever, não perca tempo hesitando. Pegue o papel e o lápis, ou abra o word no seu computador, e comece! Deixe a inspiração fluir, e se entregue!
- Se quer que as pessoas leiam, mas não pretende exatamente publicar livros, por que não começar um blog?
- Você pode, ainda, criar um perfil em sites de fanfictions, como por exemplo o Nyah! Fanction, onde eu escrevi por muito tempo, e ainda leio de vez em quando.
- Se o seu propósito é publicar, mas não sabe como, pode começar através de concursos literários. Eu fui, aliás, premiada em um. São boas formas de começar a publicar. Mas lembre-se: você nem sempre será premiado. Entretanto, é uma maneira de conhecer outros escritores, e ainda de procurar por algum reconhecimento.
- Não se envergonhe do que escreve! Deixe que outras pessoas leiam, como seus parentes, seus amigos, seus professores do colégio. Eles vão gostar!
- Não deixe de ler! O que move um escritor é a leitura, e diversificar seus conhecimentos é muito importante. Alguém que só lê romances terá muita dificuldade em escrever um livro policial, assim como quem só lê aventuras pode sentir dificuldade com um romance histórico. Romances exigem muita pesquisa e preparo, e costumam dar trabalho. O melhor é começar aos poucos, com contos, e ir se aperfeiçoando.
Agora, para que você se sinta animado, saiba que estes são meus cadernos. O que acha?
Por: Lethycia Dias
Você tem talento!
ResponderExcluirNossa! Muito obrigada!
ExcluirParabéns Letícia, sua história lembra muito a minha, também escrevo desde criança, hoje estou com 43 anos, ´tenho mais de 100 poemas, dezenas de crônicas, e inúmeros textos críticos. Porém até hoje não tive oportunidade de publicar, todas as pessoas que leem o que eu escrevo me elogia, a alguns anos me inscrevi em dois concurso de poesia em um o meu poema foi publicado em uma antologia poética, no outro fui premiados com uma quantia em dinheiro, minha esposa me diz que eu deveria ter divulgado meu trabalho a mais tempo, talvez hoje eu estaria com reconhecimento na área literária, agora estou com um material pronto para um livro de poesia e pretendo lança-lo. Resumindo não faça como eu, não espere muito tempo, agarre seu sonho, lute por ele e o mais breve possível seus objetivos serão alcançados. Abraço jovem poetisa.
ResponderExcluirOlá, Lindomar, e desculpe-me pela demora em responder ao seu comentário! Fico feliz que tenha assim tanto amor pela escrita, e que esteja lutando pelo seu sonho! Eu não pretendo de forma alguma desistir do meu!
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