Como já afirmei várias vezes em outros textos da sessão de Dicas de Português e Escrita, as maiores dúvidas das pessoas na hora de escrever devem-se a algumas regras e usos muito simples, mas de importância fundamental para a escrita na Língua Portuguesa. As regras gramaticais e ortográficas não existem à toa, e muitas vezes servem para tornar a leitura e a compreensão de um texto mais claras e mais fáceis, evitando confusões de significado.
Você com certeza já deve ter ouvido falar que a palavra "Por que" pode ser escrita de quatro formas diferentes, e que cada uma delas tem uma função diferente e hora certa para ser usada. Isso é verdade, mas não se assuste, pois as regras são muito simples, e prestando atenção, logo você saberá diferenciar os tipos de "Por que", e saberá usá-los sem nenhum problema.
Por que (separado, sem acento): é usado para fazer perguntas, e aparece no início, ou no meio da frase, mas nunca no fim. Pode ser ainda usado em frases sem o sinal de interrogação, mas que tenham o mesmo sentido de pergunta.
Exemplos:
- "Por que você acordou tão tarde hoje?"
- "Por desistiu de participar do concurso?"
- "O professor me perguntou por que faltei tantas aulas."
- "Toda a família quer saber por que o casamento foi cancelado."
Porque (junto, sem acento): é usado para responder perguntas.
Exemplos:
- "Acordei tarde porque na outra noite fiquei assistindo a um filme muito longo."
- "Desisti do concurso porque fiquei com medo de não ser aprovado."
- "Respondi a ao professor que faltei porque estava doente."
- "O casamento foi cancelado porque tivemos uma briga muito séria."
Por quê (separado, sem acento): é usado para fazer perguntas. Só aparece no fim da frase.
Exemplos:
- "Você não foi à aula por quê?"
- "Você não vai sair com seus amigos? Por quê?
- "Você e seu namorado brigaram por quê?
- "Eu soube que não ter aula hoje, porquê?"
Porquê (junto, com acento): neste caso, a palavra "porquê" é um substantivo, e pode substituir as palavras "motivo" e "razão".
Exemplo:
- "Quero saber o porquê (motivo/razão) de toda essa bagunça."
- "Me conte o porquê (motivo/razão) para estar chorando tanto."
- "Qual o porquê (motivo/razão) de tanta gritaria?"
- "Qual o porquê (motivo/razão) do suicídio?"
Parece muito fácil, não é mesmo? Pois realmente é! Nós ficamos em dúvida com certas coisas, mas basta um pouco de leitura para nos familiarizarmos com a escrita, e se vamos observando tudo com cuidado, logo os erros vão ficando cada vez menos frequentes, até não mais existirem. É como diz aquele ditado: "a prática leva à perfeição."
Espero ter tirado suas dúvidas, mas se você acredita que ler um simples texto sobre o uso do "por que", o que acha de fazer alguns simulados sobre isso? Clique nos links abaixo para experimentar!
Simulados: uso dos porquês
- http://rachacuca.com.br/quiz/59135/exercicios-de-uso-dos-porques/
- http://exercicios.brasilescola.com/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-uso-dos-porques.htm
- http://www.gabarite.com.br/simulado-concurso/783-usos-do-porque-exercicio-com-gabarito-portugues
Por: Lethycia Dias
Bibliografia:
MARTINS, Lucas. Uso dos "porquês". Infoescola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/portugues/uso-dos-porques/>. Acesso em: 21 de setembro de 2015.
Gostei de sua explicação. Mas observe que tem alguns erros.
ResponderExcluirFico feliz de ter ajudado, e obrigada por avisar! Os erros serão corrigidos.
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