Olá a todos. Preparados para mais um conhecendo minha estante? Essa é uma nova coluna no blog, onde eu falo um pouco sobre alguns livros com os quais eu tenho uma história curiosa ou peculiar. O objetivo não é falar do livro em si e do seu conteúdo, mas sim da relação que eu tenho com tais livros. Esse é o terceiro post da coluna, e você pode visitar os anteriores:
Como você já deve ter percebido pela imagem acima, o livro do qual vou falar hoje é As vantagens de ser invisível. A história de como decidi ler esse livro é bem peculiar, e eu acho que foi o motivo mais esquisito que já tive para me interessar por um livro.
Sempre gostei muito de responder testes de personalidade. Quando eu era bem criança, meu pai assinava a Revista Recreio, para o meu irmão mais velho, que adorava. Era uma revista para crianças, super colorida, cheia de curiosidades, coisas engraçadas, desafios e brincadeiras divertidos, e até uma sessão de cartas dos leitores, que sempre vinha cheia de desenhos enviados pelo correio. Eu adorava ficar "viajando" por aquela sessão, vendo os Pokémons e dos Super Sayajins que eu me sentia incapaz de desenhar. Outra coisa que eu adorava nessa revista eram os testes, sempre com um tema diferente: "Você é estudioso?" "Você é um bom amigo?" "Você sabe dividir suas coisas?" Infelizmente, meu irmão sempre respondia os testes antes de mim, mas eu ignorava as respostas dele para poder responder também.
Exemplar da Revista Recreio. Fonte: Reprodução. |
Não me lembro quando meu pai deixou de assinar a Recreio, mas sei que quando cheguei à adolescência, eu a substituí pela Revista Capricho. Eu não me interessava por nada do que a revista falava sobre cabelo, moda e maquiagem, mas estava começando a me interessar por garotos, e confesso, eu gostava da revista por causa das fotos dos "Colírios Capricho", isto é, os garotos bonitos. Nunca cheguei a comprar uma, mas sempre que ia a uma banca de revistas, procurava pela Capricho para olhar aqueles rapazes lindos. Já até imagino meu namorado rindo de mim enquanto lê isso. Folheando as páginas da Capricho, eu descobri que a revista também tinha testes, e passei a respondê-los através do site (por que eu não tinha dinheiro para comprar a revista, e nem tinha coragem de pedir que o meu pai assinasse).
Exemplar da Revista Capricho. Fonte: Reprodução. |
Os testes da Capricho eram bem diferentes dos da Recreio. "Quem você seria na novela das 20h?" "Qual celebridade seria seu namorado?" "Você sabe guardar os segredos das suas amigas?" "Qual o corte de cabelo perfeito para o seu rosto?" "Será que você está pronta para sua primeira vez?". Eu não acreditava totalmente naquilo que os resultados diziam, mas gostava de responder, porque achava divertido. E certo dia, encontrei um teste que tinha tudo a ver comigo, porque não era nada sobre celebridades, cabelo ou moda. Aos quinze anos, eu continuava sem namorado, sem saber qual era o corte de cabelo ideal para mim, e sem saber fazer um "delineado perfeito" (hoje, aos dezenove, eu ainda não sei), seja lá o que for isso. Aos quinze anos, eu amava livros, e encontrei o teste: "Com qual personagem de livro você se parece?". Corri para responder aquilo! Aquele teste era imperdível!
Não me lembro direito de todas as perguntas, mas uma delas era sobre gostar ou não de diários, e na época, eu tinha um. Mantive um diário dos quinze aos dezesseis anos, se não me engano. O que eu me lembro é que o resultado dizia que eu era muito parecida com o Charlie, de As vantagens de ser invisível. Eu não conhecia aquele livro e decidi pesquisar um pouco a respeito, e achei interessante saber que era sobre um garoto que escrevia cartas para um amigo desconhecido, contando seu dia-a-dia. Não comprei o livro de imediato, pois naquela época, eu ainda não sabia o que era comprar livros pela internet, mas o resultado daquele teste ficou na minha memória. Eu, parecida com esse tal de Charlie? Por quê? Eu precisava ler para descobrir!
Só pude ler o livro depois de muito tempo, quando já tinha dezessete anos. Foi mais ou menos aí que descobri que comprar pela internet era seguro e vantajoso. Li o livro em poucos dias, devorando as confissões ora tristes, ora alegres de Charlie. Fiquei tentando identificar as supostas semelhanças entre mim e ele. Charlie era um adolescente tímido, ok. Charlie estava descobrindo como pode ser bom ter amigos e poder contar com eles, ok. Charlie gostava de ler e escrever, ok. Charlie estava descobrindo seu corpo... Ok? Nem tanto. Charlie tinha depressão... Ops!
Independente de qualquer semelhança entre mim e Charlie, eu li o livro com muito interesse, pois já havia assistido o filme e achado muito divertido. Me lembro de ter ficado muito emocionada com o poema citado durante a troca de presentes entre Charlie e seus amigos. Eu me preocupei com ele, e me perguntei quando as coisas ficariam bem entre ele e Sam, e chorei por saber sobre a Tia Hellen.
Primeira página da história. |
Poema citado durante a troca de presentes. |
Hoje, As vantagens de ser invisível aguarda para ser relido e resenhado, e eu não me arrependo de ter lido, mesmo que eu tenha ficado curiosa com a história por um motivo meio bobo ou infantil. De vez em quando, eu ainda respondo a alguns testes da Capricho, só para me divertir mesmo, sem me importar tanto com o que dizem os resultados. Afinal, um simples teste feito via internet não pode dizer nada sobre quem eu realmente sou!
Então, o que você achou desse post? Se foi o primeiro post que leu na coluna Conhecendo minha estante, o que achou da proposta? Comente comigo!
Por: Lethycia Dias
Eu me identifiquei demais com o Charlie!! E desidratei de tanto chorar com esse livro. Eu amava responder testes da capricho e cheguei até a assinar por um tempo(eu amava maquiagem, mas nunca conseguia fazer). Gostava das roupas, das dicas, das fotos super coloridas e as guardava num lugar especial do quarto. Queria ter recortado as melhores fotos, feito um painel bem lindão, um álbum, etc, mas morria de ciúmes delas para fazer isso. Até que me mudei, perdi varias, joguei fora outras, muitas encharcaram na mudança... E a assinatura continuou por mais um ano ainda na cidade nova... E eu nem sei o que fiz dessas revistas, porque eu já não me interessava tanto assim por elas, pareciam bobas demais para aquela época. Eu substitui os testes da Capricho por aqueles que aparecem no facebook, vivo me divertindo com eles. Por mais bestas que sejam, eles te fizeram descobrir um bom livro e um bom filme.
ResponderExcluirEstou adorando essa coluna do seu blog!!
Beijos!
Nunca imaginei que você teria gostado de Capricho!
ExcluirEu realmente só abria as revistas pra ver os Colírios e os testes. Pelo menos você gostava de verdade, e elas tinham um significado especial para você. Ao contrário de mim, que tinha um motivo muito bobo para ter apego pela revista! kkkkk
Eu não tinha parado pra pensar, mas também sou bastante viciada nos testes do Facebook. É cada um mais bobo do que o outro, e os resultados não fazem o menor sentido, mas é legal ficar respondendo.
Logo a coluna deve continuar. Obrigada pelo comentário!
Nossa antes de eu namorar (até meus 16 anos) eu comprava todas as revistas da capricho e da toda teen, amava os teste e aqueles teste que eram mais o menos assim "Descubra qual o cantor pop que poderia ser seu namorado", "qual tipo de garoto te merece", "qual pop star é você" e saia o que você queria, meu deus me sentia o máximo kkk
ResponderExcluirEu tenho uma história de amor por livro quase igual a sua, porém meu livro foi o quem tem medo de vampiros, que por um acaso eu ganhei ele no kit que a escola deu, fui ler por curiosidade e me apaixonei.
beijos
www.bemvindaaos18.wordpress.com
Olá!
ExcluirSeja bem-vinda ao blog (sem trocadilhos rsrs)!
Acho que no site ainda existem testes desse tipo, eu devo ter respondido vários! kkkkkk
Não conheço o livro que você mencionou, mas parece ser daqueles voltados para o público mais jovem, e geralmente a gente gosta muito de ler esse tipo de livro quando se é adolescente.
Obrigada pela visita e pelo comentário.
Beijos!